Há 20 anos, Maria Ferreira da Silva, de 50 anos, ganhou uma muda de tamarindo de sua vizinha. Na época, ela não fazia ideia, mas aquela árvore poderia chegar a quase 30 metros de altura e adquirir uma copa de 12 metros de diâmetro.

Talvez nem a vizinha soubesse porque, quando questionada se crescia muito, ela informou para dona Maria que crescia, mas pouco. Hoje, o pequeno presente se tornou uma grande dor de cabeça para quem mora na Travessa Oshiro Tatsuo, no Guanandi, ou trafega pela região.

A árvore é enorme. Os galhos robustos batem nas paredes da casa de dona Maria, ‘abraçam’ os fios dos postes de energia e quase se arrastam em parte da rua, o que dificulta a passagem de veículos e pedestres.

Pé de tamarindo cresce muito?

“Ela falou pra mim que não crescia muito. Só que aí foi crescendo, ficou muito grande, saiu do controle e ficou desse jeito aí”, explica. Maria conta que a árvore atrapalha bastante, principalmente porque os galhos já arrebentaram a fiação de energia diversas vezes, deixando ela, e outros moradores, sem energia.

(Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

A moradora conta que não tem condição de fazer o corte por conta própria e por isso, buscou a Prefeitura de Campo Grande para que uma equipe fosse até lá. Apesar dos documentos afirmando a realização da poda, e da promessa de que o problema enfim seria solucionado, nada foi feito.

Maria aponta também que se preocupa com a segurança dos seus quatro netos que passam as tardes em sua companhia. As crianças têm entre 4 e 8 anos, então a moradora teme que os pequenos se machuquem durante as brincadeiras, afinal, os galhos estão pendurados e ocupam grande parte da calçada, que também ficou totalmente comprometida.

Rede de esgoto chegou depois e virou vala no Guanandi

Benedito Ferreira da Silva, irmão de dona Maria, mora na casa ao lado. Ele explica que quando a árvore foi plantada, nem rede de esgoto a rua tinha. Quando foi feita, a árvore acabou formando uma vala ao lado da tampa do esgoto.

(Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

“Quando chove, a água vai acumulando na vala e isso deixa o solo úmido e consequente, enfraquecendo o local, o asfalto”, explica.

Benedito afirma que até já se arriscou subindo na árvore de tamarindo e afastando a fiação para fazer a poda dos galhos maiores, mas agora isso já não é mais possível. Segundo os irmãos, até caminhão de coleta da Solurb tem problema para trafegar e os galhos baixos conseguem atingir, inclusive, os carros de pequeno porte que passam no local.

Procurada pelo Jornal Midiamax, a Prefeitura de Campo Grande confirmou que a árvore foi vistoriada e conforme parecer técnico, considerando a largura da calçada, o seu porte e os conflitos com o indivíduo arbóreo, foi recomendada a remoção da árvore. Quanto à execução do serviço de remoção, a Prefeitura segue um cronograma de execução conforme o grau de risco e prioridade.

*Matéria atualizada em 15 de abril para acréscimo de resposta da Prefeitura.

Árvore de Tamarindo no Guanandi (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

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