Servidores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) seguem em greve desde a última semana em todo Estado. Apesar da paralisação, os atendimentos aos pacientes do HU, assim como o calendário acadêmico da UFMS, seguem inalterados.

Ambas as categorias entraram em greve por melhorias nas condições de trabalho, maiores benefícios e reajuste salarial. O movimento nacional também se estende aos servidores técnico-administrativos da UFMS, paralisados desde o dia 14 de março.

Greve na UFMS pode afetar 25 mil alunos

UFMS Campo Grande
UFMS Campo Grande (Arquivo, Midiamax)

Na UFMS ainda não há um levantamento de quantos docentes aderiram à greve, no entanto, alguns cursos e faculdades, já suspenderam as aulas. Conforme a Adufms (Associação dos Docentes da UFMS), uma nova assembleia ocorrerá nesta segunda-feira (6), para levantar o quantitativo de professores adeptos ao movimento grevista.

Em Mato Grosso do Sul, a greve pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS. A paralisação das aulas depende de cada curso, mas os docentes não são obrigados a aderir à greve.

Os professores reivindicam reajuste de 22,71%, em três parcelas anuais de 7,06% cada, começando em 2024 e auxílios alimentação e creche. Em contrapartida, o Governo propôs 9,0% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026, mas com reajuste zero em 2024. Por maioria, os docentes rejeitaram a proposta.

Além disso, na última semana reitor Marcelo Turine criou um grupo de trabalho para tratar do movimento grevista dos professores, assim como realizado com o movimento de greve dos servidores técnico-administrativos.

Durante reunião realizada na terça-feira (30), a Adufms protocolou as orientações do Comando de Greve junto à UFMS e solicitou a suspensão do calendário acadêmico, proposta veementemente rejeitada pela reitoria.

80% dos trabalhadores aderiram à greve no HU

hospital universitário
Greve no Humap (Divulgação)

Os trabalhadores do setor de saúde do HU reivindica reajuste salarial de 14,07%, e melhores benefícios como auxílio-alimentação e auxílio-creche. Participam do ato: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, técnicos de laboratório, equipe multifuncional, técnico-administrativos, entre outros setores.

Conforme o Sindserh-MS, a paralisação é parcial, seguindo a regulamentação para serviços essenciais, ou seja, mesmo com a adesão de 80% dos trabalhadores, os atendimentos seguem regularizados.

Na última quinta-feira (2), o Humap recorreu ao TST (Tribunal Superior do Trabalho) para mediar as negociações, após a categoria rejeitar reajuste de 2,5%.

A primeira proposta feita à categoria ocorreu em 18 de abril. Na época, os servidores recusaram o reajuste proposto, de 2,15%. Na última terça-feira (30), o sindicato se reuniu novamente com a Ebserh, momento em que a categoria recebeu a proposta de 2,5%, também recusada.

Cerca de 2,5 mil trabalhadores atuam nos hospitais universitários de Campo Grande e Dourados, que também aderiu à greve. Para eles, o aumento proposto pela empresa administradora significa “uma nova perda salarial para os profissionais que já vêm de um histórico de reposições abaixo da inflação”.

Servidores técnico-administrativos completam um mês de greve

Paralisação dos servidores (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Desde o dia 14 de março, servidores técnico-administrativos da UFMS deliberaram pela adesão à paralisação nacional da categoria. Em Mato Grosso do Sul, a greve atinge diversos setores da universidade, enquanto a categoria reivindica melhores condições de trabalho.

A UFMS conta com mais de 1.700 técnico-administrativos que desempenham diversas funções como vigilante, auxiliar administrativo, psicólogo, assistente social, físico, etc.

Os servidores também reivindicam o reajuste salarial, que, segundo eles, está defasado em relação a outros setores do funcionalismo federal. Em contrapartida, o governo propôs uma oferta de reajuste de 9%, parcelado em dois anos (2025 e 2026) sem reajuste em 2024.

Conforme o Sista-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), a categoria pede reajuste de 10,5% em 2024, 10,5% em 2025 e outros 10,5% em 2026. As tratativas começaram em outubro de 2023. Em fevereiro deste ano, o Governo Federal enviou contraproposta de 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026.

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