Governo de MS está procurando parceiro para assumir concessão do Morenão, diz Brandt
Estádio Morenão tem mais de 50 anos de história e estrutura apresenta mais necessidades de reparo do que aparenta
Fábio Oruê, Osvaldo Sato –
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O Governo de Mato Grosso do Sul está procurando passar a administração do Estádio Morenão para a iniciativa privada, após anos de obras caminhando a passos lentos.
Segundo o consultor do governo, Júlio Brandt, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) já sinalizou que concederia ao Estado e a conversa para uma concessão está em andamento. O ex-Vasco esteve na coletiva de imprensa em que Portuguesa anunciou que se tornou SAF.
“Jogos da Conmebol, jogos mandatos, por exemplo, dos times paraguaios, bolivianos ou argentinos, que eventualmente, por alguma razão, seja de segurança, seja por infraestrutura, não tem os seus campos aprovados, ou estejam, por alguma razão, com um campo interditado, possam jogar aqui; num campo neutro e não ir ao Maracanã, por exemplo, ou ir a São Paulo, que é muito mais distante de Paraguai, Bolívia e Argentina”, explica Júlio, que atua no planejamento estratégico para desenvolver o futebol de MS.
Brandt também citou as melhorias que Campo Grande teria ao receber jogos importantes. “Não precisa pensar muito. Vem a capacidade que o futebol tem de transformação da economia local na cidade. Vamos falar de hotéis, restaurantes, bares, pequeno comércio, tudo isso é impactado pelo futebol”, diz.
Estádio Morenão
A concessão do Morenão é discutida pelo menos desde junho desde ano. O estádio passa por obras de adequações há anos sob responsabilidade da Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura).
Na época em que a Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul) reuniu saídas para tentar reabrir o estádio, o Secretário de Estadual de Turismo, Esporte e Cultura, Marcelo Miranda, disse que o governo estava para decidir como seria a administração do Morenão após uma concessão ser efetivada.
Os planos estudados pelo Governo do Estado incluem a instalação de um Centro de Atendimento ao Cidadão, a possível construção de um alojamento para os atletas e uma pista de atletismo.
Obra de R$ 38 milhões
Na mesma época, o assessor jurídico da Fapec, José Eduardo Meira, afirmou que uma reforma completa no estádio deve custar R$ 38 milhões aos cofres públicos. Segundo ele, o então termo de fomento, previsto em R$ 9,4 milhões não foi suficiente para a reforma, sendo que até o momento, apenas os banheiros foram reformados, com custos de R$ 1.566.181,62. Desta forma, o saldo em conta do termo de fomento é de R$ 7.838.761,08.
Entretanto, a estimativa para conclusão da reforma da infraestrutura, segurança e cadeiras da área coberta totalizariam R$ 38.904.711,10 e seria inviável continuar a parceria com termo de fomento.
Esta estimativa diz respeito apenas ao incluído no termo de fomento firmado entre UFMS, Fapec e Governo do Estado. Caso o Governo do Estado assuma o Morenão, uma revitalização completa, além de modernização e ampliação pode custar ainda mais que o R$ 38 milhões.
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