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Cotidiano

‘Garoa forte molha tudo’, relata moradora da Comunidade do Mandela

A chuva fraca que atinge a Capital é alívio para uns, mas preocupação para outros
Layane Costa, Beatriz Magalhães -
Comunidade do Mandela (Nathalia Alcântara, Midiamax)

“Essa garoa forte molha tudo.” Esse é o relato de uma moradora da Comunidade do Mandela durante as chuvas que atingem desde a madrugada deste sábado (26). A chuva fraca que atinge a Capital é alívio para uns, mas preocupação para outros.

O Jornal Midiamax esteve na comunidade, localizada na região do Coronel Antonino para saber como está a situação de aproximadamente 20 famílias que ainda sobrevivem por lá.

Em meio à garoa fina, estava Rosilene da Silva, beneficiária do Loas (Lei Orgânica de ), que vive há oito anos na comunidade e aguarda ansiosa por uma ‘casinha’. Rosilene sofre com baixa visão.

Ao Jornal Midiamax, Rosilene falou sobre morar em um nesse período. “Essa chuvinha ainda não molha. Mas a chuva passada que já deu e essas de ontem para cá, essa garoa forte molha tudo, tanto o telhado como a água que vem de fora”, disse Rosilene.

Moradora Rosilene (Nathalia Alcântara)

Rosilene retratou a dificuldade de viver em um barraco de madeira e lona em dias chuvosos. “Tanto minha cama quanto a da minha neta molham tudo; o colchão mesmo já acabou. Aí põe coberta e depois põe para secar. É assim que vamos indo”, contou.

Sentimento de ‘abandono’

A moradora Rosilene relata que a comunidade sempre foi ‘esquecida’; entretanto, após a saída de famílias devido ao incêndio, o Mandela ficou desamparado.

“Depois que o pessoal saiu daqui, ficamos mais desamparados ainda”, lamentou Rosilene.

Contudo, o mesmo sentimento de ‘desamparo’ da Rosilene é sentido por Jaqueline Damazio, de 41 anos, catadora de , que mora no Mandela há quatro anos.

Ao Jornal Midiamax, Jaqueline relatou que vive na comunidade com seus quatro cachorros, mas se sente ‘abandonada’.

“Já vou fazer cinco anos que estou aqui na comunidade. Eu estou mais abandonada aqui; quase não tem mais ninguém, para cá já acabou tudo”, contou Jaqueline.

Jaqueline teve seu barraco destruído no mês passado e precisou reerguê-lo; entretanto, passou por dificuldades, visto que estão ‘abandono’.

“Nós não estamos tendo a ajuda que tínhamos antes, de lona, material, de nada. O que a gente está conseguindo é o que reciclamos do que ficou para trás”, contou Jaqueline.

Mas, a moradora Jaqueline conta que as respostas sobre a entrega da casa não vêm. “Até que nossa casa saia, eles não falam nada sobre quando nós vamos mudar”, disse.

Acumulo de lixo

Durante a visita da equipe de reportagem à comunidade, foi possível notar a presença de muitos entulhos — sendo madeiras e lonas dos barracos que já foram desmanchados. Além disso, os moradores relatam a presença de animais peçonhentos, uma vez que os entulhos acabam atraindo esse tipo de bicho.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande, mas, até o fechamento da matéria, não obteve resposta. O espaço segue aberto para posicionamento.

Confira as imagens de Nathalia Alcântara:

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