Pelo segundo dia seguido, Campo Grande amanhece coberta de fumaça dissipada dos incêndios no Pantanal de Corumbá, a 417 quilômetros de distância da Capital. Na manhã desta quarta-feira (26), imagens espaciais revelam que a densidade se espalha para outros municípios de Mato Grosso do Sul.

As imagens de satélite mostram que a força do vento favoreceu a propagação da fumaça desde a região pantaneira para a central e sul. A camada é perceptível em Aquidauana, Sidrolândia, Maracaju, Nova Andradina, Ivinhema, Itaporã e Dourados. Portanto, é notável que a esperada frente fria ganha força sobre o sudoeste, sudeste e sul do Estado.

Na noite de segunda-feira (24), a lua vermelha chamou a atenção, assustando e encantando. Já nesta manhã de terça-feira (25), o sol alaranjado intenso refletia outro destaque para o céu. Sendo assim, o fenômeno pode ter relação com a poluição e fumaça de incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul.

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Fumaça se propaga (Zoom Earth)

Incêndios emitem risco à saúde

Contudo, além da intensidade acima do normal dos incêndios do Pantanal e a fumaça invadindo Corumbá e Ladário, a população da região também está refém da emissão de gases nocivos por conta das queimadas.

Segundo o professor de Física e doutor em Geofísica Espacial, Widinei Alves Fernandes, em um incêndio ocorre a queima de matéria orgânica que produz primariamente água e dióxido de carbono.

“Também são produzidas outras espécies químicas, tais como monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos, e partículas, os quais são incorporados à atmosfera; sendo a ela misturados e transportados”, explica ao Jornal Midiamax.