Fórum discute saúde da gestante e puérpera em Campo Grande, e o papel da mulher no autocuidado

Iniciativa faz parte do IX Fórum Perinatal Municipal da Rede Alyne

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Gestante em atendimento médico (Foto: Reprodução Agência Brasil, André Borges)

Profissionais de saúde como enfermeiros, médicos e especialistas que atendem na saúde básica ou em outras frentes de saúde, participam nesta quinta-feira (28) do IX Fórum Perinatal Municipal da Rede Alyne, um evento que busca discutir a mortalidade materna e promover oficinas de saúde voltadas à saúde neonatal e materna. 

A Rede Alyne foi lançada em setembro pelo Ministério da Saúde com o objetivo de reduzir a mortalidade materna no país, e antes era chamada de Rede Cegonha. 

O gerenciamento de sífilis congênita, que é passada da mãe para o bebê, emergências pediátricas, hemorragia pós-parto e o método canguru, que promove o contato pele com pele com recém-nascidos, estão entre os focos do evento, que se estenderá por todo o dia. 

Para a gerente técnica de saúde da mulher da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Esthefani Uchôa, esse tipo de encontro é necessário para a troca de informações, experiências e conhecimento atualizado.

Isso porque, além de discutir as práticas dentro das unidades de saúde, é preciso refletir sobre atendimento às futuras gestantes, gestantes e puérperas. 

O papel da mulher

Esthefani Uchôa, gerente técnica de saúde da mulher da Sesau (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax).

“Falta corresponsabilidade”, analisa a gerente. Na visão dela, falta a muitas futuras mães se conscientizarem da importância do conhecimento e do preparo para a gestação e a maternidade, assim como a dedicação necessária nessas fases.

“Fizemos uma ação lindíssima em agosto. A gente chamou mais de 400 gestantes, nominalmente. Fizemos um evento lindo, até van nos disponibilizamos para buscar as gestantes, mas a adesão foi baixíssima. Então às vezes eu penso que falta essa corresponsabilidade”, avalia.

Para contornar a falta de envolvimento das futuras mães com os cuidados de saúde ofertados, ela acredita que a saúde pública também precisa melhorar no acolhimento. 

“A gente também tem muito o que melhorar, no acolhimento, na maneira que eu preciso conversar com essa gestante para que esse diálogo seja efetivo”, pontua.

“Mas tem uma outra coisa: 70% das gravidezes hoje não são planejadas. Então tem mulheres que vão descobrir com 3, 4, 5 meses. Elas até vão para o pré-natal, mas é retardado e as primeiras semanas são cruciais para a formação daquele bebê. Ela já começa um pré-natal retardado, às vezes já com alguma alteração porque ela sequer sabia da gestação. Então vejo que é uma dificuldade essa também”, detalha Esthefani.

Fórum Perinatal

O IX Fórum Perinatal Municipal da Rede Alyne acontece no CETPS (Centro Tecnologia e de Educação Profissional), localizado na Rua Brasil, 616, Monte Castelo. A inscrição é gratuita pelo site: https://www.even3.com.br/ix-forum-perinatal-municipal-da-rede-alyne-513504/.

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