Fogo castiga Pantanal e coloca três cidades de MS na liderança de incêndios no país

Milhares de hectares já foram queimados nas últimas semanas

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Imagem ilustrativa. (Henrique Arakaki, Jornal Midimax)

Os incêndios no Pantanal de Mato Grosso do Sul tem castigado o bioma nas últimas semanas e colocaram três cidades do Estado no ranking com mais focos de incêndio no país no início de agosto.

Levantamento no BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) mostra Aquidauana na liderança, com 278 focos de incêndio, seguido por Corumbá com 201 registros, Apuí (AM) com 131 casos, Porto Murtinho com 129 registros e Lábrea (AM) com 93 focos.

Imagens feitas na tarde da última sexta-feira (2) mostram o avanço das chamas sobre algumas fazendas no Pantanal em Mato Grosso do Sul. Casas e um mangueiro – um tipo de curral em que o gado fica preso – em uma propriedade foram queimados.

Dados do Inpe mostram que o Pantanall de Mato Grosso do Sul registrou 500 focos de incêndio ativos nos três primeiros dias de agosto deste ano. Deste total, 233 foram em Aquidauana e 196 em Corumbá.

Foi justamente no Pantanal de Aquidauana que uma enorme fumaça escura encobria o céu em uma propriedade por volta das 13h de sexta-feira. Já outro vídeo mostra o combate ao fogo na Fazenda Caiman. Pessoas com mangueira tentam amenizar as chamas. “Estamos tentando acudir, aqui cheio da casa, uma pousada”, descreve o narrador.

Imagens feitas em outro ponto mostram o combate mais próximo aos incêndio, com equipes utilizando a técnica de fogo contra fogo, em que o fogo criado pelos agentes encontra o foco já ativo e os dois perdem força, se apagando em seguida. 

Um caminhão com água também foi levado para ajudar no serviço. “Estou de máscara e óculos especial para não pegar fumaça nos olhos”, diz o autor das imagens.  

Aumento do fogo em 2024

Julho fechou com 1.218 focos ativos de incêndios florestais no Pantanal, conforme dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Isso significa que há dois meses o bioma vem batendo recordes alarmantes de queimadas, agravados pelas condições climáticas desfavoráveis.

Segundo a tenente-coronel e diretora de proteção ambiental do Corpo de Bombeiros, Tatiane Inoue, as queimadas registradas em 2024 no bioma representam um aumento de 26,2% em comparação a 2020 e 1.544,8% em comparação a 2023.

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