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Cotidiano

Fazer pais atualizaram caderneta de crianças ainda é grande desafio da vacinação em Campo Grande

Dia Nacional da Vacinação é comemorado nesta quinta-feira e serve de lembrete aos mais 'esquecidos'
Fábio Oruê -
Vacinação (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Vacinas são capazes de transformar pessoas em jacarés? Na telinha de um cinema pode até colar, mas na vida real a questão da vacinação vai muito além. Entretanto, há quem acreditou nessa história quando foi lançada durante a pandemia e seus efeitos negativos perpetuam até hoje.

No Dia Nacional da Vacinação, comemorado nesta quinta-feira (17), e anos após o fim da pandemia, ainda enfrenta dificuldade em atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes da Capital, segundo a chefe de Imunização da (Secretaria Municipal de Saúde), Ananda Luz.

Conforme a profissional, vacinas novas também enfrentam certa dificuldade de adesão, como o recente imunizante da e também da Covid-19, que entrou no calendário básico da criança em 2024. Ao surgir, a vacina da dengue também enfrentou resistência de uma porcentagem cética da população.

Vale lembrar que, no período pandêmico, a vacina da Covid-19 enfrentou muita desinformação, que afetou a credibilidade de muitos outros imunizantes. A história do jacaré, talvez, a mais absurda delas. Outras inverdades ainda atribuíam a vacinação a diagnóstico de autismo e alteração do DNA.

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Vacinação em crianças (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Falta de vacinação em crianças e adolescentes

Mas hoje, vacinas como do HPV e Meningo ACWY – específicas para crianças maiores e adolescentes – têm uma cobertura vacinal menor em relação as demais. Ananda ressalta que nenhuma vacina tem cobertura menor que 80% em Campo Grande. Vale ressaltar que o Ministério da Saúde preconiza como ideal a cobertura entre 90% e 95%.

“A gente tem também uma dificuldade em atualizar os calendários vacinais depois dos quatro anos de vida da criança. Os pais sabem que tem vacinas até os quatro aninhos de idade e, depois disso, a gente acaba esquecendo que ainda tem que atualizar esse calendário vacinal”, explica ao Jornal Midiamax.

“As crianças ainda até um, dois aninhos, a gente vê que os pais se lembram. Não é que não querem vacinar, é que às vezes não se lembram. Essas crianças, a partir dos quatro, cinco anos, vão menos às unidades básicas, fazem menos consultas de rotina e aí acaba que a gente tem que estimular de outra forma”, conta Ananda.

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Vacinação contra poliomielite (Paulo Pinto, Agência Brasil).

Desafios da vacinação aumentaram

Para Ananda, o enfrentamento ao menosprezo à vacinação e a desinformação aumentaram muito nos últimos anos. Doenças como a poliomielite e a coqueluche voltaram a preocupar as autoridades em saúde justamente por conta da diminuição da cobertura vacinal e aumento de casos.

“A vacinação é um método de prevenção. A gente fala que a vacinação está dando certo quando a gente não vê mais a doença, e às vezes, as pessoas esquecem que essas doenças um dia existiram. Então, dificilmente a gente viu alguém com polio ou alguém da nossa família teve poliomielite. Isso é uma coisa boa e isso é uma coisa que a vacina trouxe”, explica a profissional

Entretanto, essa sensação de ‘segurança’ pode trazer alguns resultados não desejados. “Quando a gente não vê essa doença circulando, quando a gente não vê que isso matava as pessoas, que isso deixava as pessoas doentes, às vezes a gente acaba menos prezando a importância da vacina”, explica à reportagem.

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Drive-thru Albano Franco na época da pandemia (Divulgação)

Ananda ressalta que a saúde é muito melhor nessa época atual, justamente porque a população está imunizada e algumas doenças não circulam mais. Segundo ela, manter esse panorama é um desafio árduo.

Para entender a importância da vacinação basta olhar ao redor, e ver que a população não é formada por jacarés, mas sim por pessoas que podem viver sem medo da covid-19, poliomielite ou coqueluche.

Vacinas ‘saíram’ das unidades básicas

Como estratégia, ainda durante a pandemia, Ananda cita a saída das vacinas de dentro das unidades de saúde para “ocupar” outros espaços, como supermercados, drive-thrus e shoppings.

“A gente tem tido bastante essa visão de tentar levar o imunobiológico; aumentar o acesso da população em outros locais também”, ressalta Ananda. A Sesau também faz ações em escolas para tentar aumentar a cobertura vacinal de vacinas infantis.

Em alusão ao Dia Nacional da Vacinação, a Sesau fará plantão no Shopping Bosque dos Ipês no fim de semana. “A gente vai aproveitar o final de semana justamente para trazer um horário que, às vezes, a população tem mais livre e que a gente não teria uma unidade, às vezes. A gente quer trazer essas pessoas que ainda não atualizaram a caderneta em um ambiente que, talvez, ela já esteja fazendo outras coisas e aproveite para se imunizar”, explica.

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