Fake News: Mpox não é efeito colateral da vacina contra a Covid-19, afirma Ministério

Ministério da Saúde descarta qualquer relação entre doença e imunizante

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Sintomas da mpox incluem marcas na pele (Foto: Pixabay)

Há algumas semanas têm circulado nas redes sociais publicações que afirmam que a Mpox, conhecida anteriormente como varíola dos macacos, seria, na verdade, o herpes-zóster, e que os casos seriam um efeito colateral da vacina contra a Covid-19. Essa afirmação, claro, trata-se de uma inverdade.

Isso porque a Mpox é uma doença zoonótica viral e a única forma de contrair o vírus é por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados.

Conforme o Ministério da Saúde, não há nenhum dado científico ou qualquer evidência que abra possibilidade para essa afirmação, ou seja, os casos confirmados não têm nenhuma relação com a vacina contra a Covid-19 ou qualquer outro imunizante.

Diferenças entre Mpox e Herpes-Zóster

Antes, é importante entender que Mpox e herpes-zóster são doenças diferentes. A primeira pertence ao mesmo grupo de vírus que inclui o vírus da varíola humana, erradicada em 1980.

Já a segunda é causada pelo vírus varicela-zóster, mesmo vírus que causa a catapora. Quando uma pessoa contrai catapora, o vírus pode permanecer dormente no corpo e reativar anos mais tarde, manifestando-se como herpes-zóster, conhecido também como cobreiro.

Diferente da Mpox, o herpes-zóster não é uma doença contagiosa e ocorre por reativação do vírus da catapora já presente no organismo.

Os sintomas da Mpox incluem erupções ou lesões na pele, ínguas, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza. Já herpes inclui sintomas como erupções cutâneas dolorosas ao longo de nervos específicos, febre, dor de cabeça e mal-estar.

Casos em MS

No mês de agosto, dois novos casos foram registrados em Mato Grosso do Sul. Os dois pacientes, de 31 e 26 anos, são de Ponta Porã.

Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), o primeiro paciente viajou para Brasília e logo após apresentou os sintomas. O outro caso foi gerado através do contato com esse primeiro.

Os homens já não apresentam mais lesões e estão de alta médica. De janeiro até 12 de setembro, foram registrados 38 casos suspeitos e 9 casos positivos para a doença, sendo 6 casos em Campo Grande e 3 em Ponta Porã. Não há casos em investigação.

Conforme a secretaria, não há doses do imunizante contra a Mpox no Estado e não há previsão de recebimento. A estratégia de vacinação em MS foi pontual.

Grupo de risco

Ainda conforme a secretaria, fazem parte do grupo de risco pessoas vivendo com HIV/aids, com idade igual ou superior a 18 anos, e profissionais que trabalham diretamente com Orthopoxvírus em laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2), na faixa etária de 18 a 49 anos.

Também pessoas em pós-exposição de indivíduos que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, casos prováveis ou confirmados para Mpox, cuja exposição seja classificada como de alto ou médio risco, conforme recomendações da Organização Mundial da Saúde, mediante avaliação da vigilância local.

Essas pessoas também entram com preferência na lista de imunização.

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