A explosão e incêndio na usina de asfalto do Consórcio Central MS, em Campo Grande, deve deixar prejuízo de R$ 2 milhões. Foram perdidas duas cargas de CAP (Cimento Asfáltico de Petróleo), avaliadas em R$ 140 mil cada e ainda é difícil saber a extensão dos danos deixados pelo incidente.
Diretor-executivo da empresa, Vanderlei Bispo de Oliveira, explica que a perícia finaliza os trabalhos no local nesta segunda-feira (9) e só após isso será possível avaliar a extensão dos danos deixados pelo incêndio. Ele acredita que os tanques e motores da usina, localizada no Indubrasil, tenham sido totalmente danificados.
Porém, para o Consórcio Central MS fica apenas o prejuízo da massa e dos dias parados, já que a usina é alugada. O consórcio formado por municípios para produção de massa para asfalto aluga a usina por R$ 80 mil mensais e a empresa proprietária da indústria deve arcar com os gastos.
“O prejuízo do consórcio é o cap que compramos para produzir e que queimou com a explosão, mas a tarde vamos lá para avaliar os danos e ver quanto tempo deve demorar para arrumar o estrago”, conta Vanderlei Bispo. A usina tinha passado por revisão recente e produzido uma primeira carga de asfalto para a prefeitura de Dois Irmãos do Buriti.
Campo Grande tem recursos empenhados para produzir asfalto no Consórcio
A prefeitura de Campo Grande tem cerca de 40 mil toneladas de massa asfáltica que seriam produzidas pela usina que explodiu. O recurso para pagamento já está empenhado, segundo o secretário municipal de obras, Marcelo Miglioli.
Ele afirma que o incidente não deve implicar nas obras em andamento de Campo Grande, pois a prefeitura tem 7 toneladas de massa pronta para ser usadas. “O montante deve durar cerca de 20 dias, mas nesse período vamos precisar de uma solução junto com o Consórcio”, afirma.
Ele acredita que há condições da usina continuar fornecendo para a prefeitura e que existe interesse do município em manter o contrato, mas as condições devem ser avaliadas.
Usina de Consórcio
O funcionamento de uma usina de asfalto em Campo Grande é um projeto que iniciou em maio de 2023, com um encontro entre representantes do Consórcio Central MS. Três empresas foram contratadas para fornecer os insumos até que a usina possa começar a funcionar, mas até abril de 2024 a usina seguia em obras.
Conforme informado pelo diretor do Consórcio, a usina começaria a atender às demandas em setembro de 2024. A entrega de serviço seria para Campo Grande.
As três empresas vencedoras da licitação são a Betunel Indústria e Comercio S/A (CNPJ 60.546.801/0013-12), contratada por R$ 11.579.140, a Ueder Silva Feitosa Eireli ME (CNPJ 21.879.733/0001-18) com o valor de R$ 5.043.854 e a EMAM – Emulsões e Transportes LTDA (CNPJ 04.420.916/0007-47), por R$ 2.115.000.
