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Cotidiano

Entulhos, medicamentos e lixo doméstico formam ‘paredão’ que virou problema crônico na Ernesto Geisel

São cerca de 400 metros de lixos descartados irresponsavelmente em uma das vias mais movimentadas da capital
Jennifer Ribeiro, Clayton Neves -
Paredão de lixo na Ernesto Geisel (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)

Quem trafega pela Ernesto Geisel, mais precisamente no trecho próximo à Vila Nhanha, em , com certeza já se deparou com um paredão de lixo, terror de quem mora ou trabalha na região. São cerca de 400 metros de lixos descartados irresponsavelmente em uma das vias mais movimentadas da capital.

Moradores e empresários que vêm entulhos sendo jogados diariamente no local, se indignam. Embora cobrem a Prefeitura de Campo Grande para que as limpezas no local sejam mais frequentes, eles enfatizam que a grande problemática é a população que faz o descarte ali, “como se fosse terra sem lei”.

No entulho, que invade o início do asfalto e vai até às margens do córrego que corta a cidade, se encontra de tudo: medicamentos, embalagens, podas de árvores, lixo doméstico e resto de construção.

Prefeitura limpa, mas logo começam o descarte novamente

Um comerciante da região, que preferiu não se identificar, conta que a situação é antiga. Lá, sempre que a Prefeitura faz a limpeza, logo vêm alguns moradores e retomam os descartes irregulares. Segundo ele, a última limpeza foi realizada no final de 2023.

“Isso aqui é uma vergonha, porque se eu fosse jogar lixo da minha empresa ali, com certeza tomaria multa ou até seria preso. Mas o pessoal joga de tudo, fica uma imundice e não dá nada. Aqui na loja vive aparecendo bicho”, afirma.

O empresário aponta ainda que muitos moradores de bairros próximos pagam moradores em situação de rua ou usuários de droga para que eles levem o lixo até o paredão.

“Alguém precisa fazer alguma coisa. Tem gente que paga R$ 5, R$ 10 para os moradores de rua, aí eles vêm aqui e jogam esse lixo todo”, diz.

Um segundo comerciante, que também não quis ser identificado, afirma que o número de pessoas em situação de rua ali na região cresceu muito nos últimos meses e isso tem contribuído para as condições precárias do local.

“É péssimo morar e trabalhar aqui porque sempre tem gente jogando coisas. Os usuários fumam ali, fazem as necessidades fisiológicas deles, é uma aglomeração muito grande de pessoas nessa situação”, conta.

O que diz a Prefeitura

Em resposta, a Prefeitura de Campo Grande informou, por meio da Sisep ( Secretaria Municipal de Infraestrutura E Serviços Públicos), que “em novembro do ano passado foi realizado um mutirão de limpeza da Avenida Ernesto Geisel, no trecho entre o Shopping Norte Sul e o , numa extensão de aproximadamente 10 km. Foram retirados entulhos, feita a poda de árvores, roçada, capina e cata-papel, além da manutenção da “.

Reforçaram também que “a Sisep realiza limpeza regular em todos os pontos frequentemente, e infelizmente semanas depois os moradores voltam a jogar lixo e entulho no local. Por isso a administração municipal pede ajuda da população, para denunciarem as pessoas que jogam lixo e entulho em locais proibido, ligando para o 153, acionando a Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana. Lembrando que o descarte irregular é crime e quem for autuado via processo administrativo, pode ter que pagar multa que varia de R$ 2.944,50 a R$ 11.778,00”.

Moradores em situação de rua

Já em relação aos moradores em situação de rua, a SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), por meio da Superintendência de Proteção Social Especial e da Gerência de Média Complexidade informou que “as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS) realizam atendimento à população de rua nas sete regiões da Capital, inclusive no território referido. O serviço do Sistema Único de Assistência Social – SUAS se restringe a ofertar e orientar as pessoas em situação de rua na tentativa de convencê-las a aceitar o acolhimento e superar tal situação por meio dos nossos equipamentos, ofertas de serviços e benefícios assistenciais”.

E ainda que “por meio de busca ativa e denúncias feitas através dos dois celulares disponíveis para a população, o trabalho é realizado pelas equipes, que fazem abordagens sociais 24h por dia, nos sete dias da semana, incluindo feriados e finais de semana”.

“As equipes de abordagem percorrem a Ernesto Geisel, e toda região da Vila Nhanhá, e fazem a oferta dos serviços à pessoa em situação de rua, cuja opção é aceitar ou não o acolhimento. As recusas de atendimento por parte da população em situação de rua são um direito garantido pela Constituição Federal de 1988, em seu Art. 5º, Inciso XV”.

*Matéria atualizada em 9 de maio, às 07h31, para acréscimo de resposta da Prefeitura.

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