Empretec Indígena leva empreendedorismo e inclusão para aldeias de Mato Grosso do Sul

O primeiro município a receber o Empretec Indígena foi Brasilândia

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(Foto: Jennifer Ribeiro/Jornal Midiamax)

Na manhã desta sexta-feira (12) aconteceu a assinatura do Termo de Cooperação Institucional para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas aos povos indígenas de Mato Grosso do Sul, o Empretec Indígena, na sede do Sebrae MS. A ação faz parte do programa Cidade Empreendedora e Inclusiva.

Diversas autoridades marcaram presença no evento de lançamento, como o governador Eduardo Riedel; o ministro em exercício dos Povos Indígenas, Eloy Terena; a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza; o presidente do Sebrae Nacional, Décio Lima; e o diretor-superintendente do Sebrae/MS, Claudio Mendonça.

O primeiro município a receber o Empretec Indígena foi Brasilândia, cidade a 363 km de Campo Grande. As ações na cidade iniciaram nesta terça-feira (9), na Aldeia Ofaié, e tem por objetivo capacitar e estimular o empreendedorismo entre as mulheres indígenas, fortalecendo suas iniciativas econômicas e promovendo a inclusão social produtiva.

Segundo Fernando da Silva Souza, subsecretário de Políticas Públicas para Povos Originários da Secretaria de Cidadania, o projeto deve atender todas as comunidades presentes em 36 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. No cronograma, a próxima cidade a receber o Empretec é Miranda.

“O projeto deve chegar em Miranda daqui a uns dois meses, e depois, nas demais cidades, conforme a programação do Sebrae. Lá na Aldeia Ofaié já tem curso, que é diferenciado. O modelo padrão dos cursos do Sebrae sofreu algumas adaptações e alguns ajustes para atender as especificidades das comunidades indígenas aqui no estado de Mato Grosso do Sul”, explica.

O subsecretário pontua ainda que com as captações oferecidas eles esperam despertar nas lideranças, nas comunidades e nos profissionais que atuam dentro das comunidades indígenas, o empreendedorismo.

“Nós temos várias iniciativas dentro do nosso território, no entanto, são iniciativas tímidas que ficavam escondidas dentro do território, e por meio dessa parceria com o Sebrae, nós queremos dar visibilidade, não só para o município e para o estado, mas para o mundo, de que existem coisas boas, coisas bonitas, coisas belas acontecendo no território e isso obviamente vai transformar a vida das famílias, da sociedade envolvida e da nossa comunidade”, afirma.

Mudanças respeitam a história das comunidades

Para a secretária de Estado da Cidadania, Viviane Luiza, a mudança e adaptação na metodologia do programa é fundamental para que cada comunidade possa ser atendida da melhor forma, respeitando a história, a cultura e os saberes de casa etnia.

“A metodologia foi adaptada para a realidade das condições indígenas, respeitando toda a sua diversidade cultural e, para além disso, também respeitando a naturalidade e os saberes de cada um”, conta. “Esse programa vai além do empreendedorismo, é também a autonomia econômica, a sustentabilidade dentro dos territórios e, além disso, um protagonismo de mudanças. As mulheres das aldeias estão se empoderando, acreditando no potencial delas”, enfatiza.

Segundo Cláudio Mendonça, diretor-superintendente do Sebrae, nos primeiros dias de curso na Aldeia Ofaié já era possível ver a mudança e a alegria das 31 mulheres participantes. Isso reforça a importância do Empretec, criado há quatro anos e já difundido na cidade e na área rural de Mato Grosso do Sul.

“A comunidade já tinha um trabalho artesanal forte. Temos o exemplo da Cacique Ramona que já estava vendendo seu produto. Dentro do projeto tem o dia de invento, elas foram para uma feira para vender os produtos, e não voltaram com nenhum, venderam tudo. Então assim, esse é o grande resultado da proposta de nós levarmos o desenvolvimento e a inclusão das pessoas pelo trabalho”, conta.

O Governador Eduardo Riedel salienta que o projeto priorizará um atendimento personalizado, ouvindo e dialogando com cada uma das comunidades.

“Não podemos achar que a política pública seja igual para todas as oito etnias indígenas que nós temos”, afirma. “Agora nós não vamos abrir mão de estender a mão para todos os cidadãos participar desse crescimento, desse desenvolvimento, a partir da visão de cada um, a partir da realidade de cada um”.

(Jennifer Ribeiro, Jornal Midiamax)

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