Embrapa fará levantamento para diagnosticar realidade e desafios da comunidade indígena de Dourados

Levantamentos iniciarão em 2025 e têm o objetivo de fomentar a segurança alimentar na comunidade

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Visita do pesquisador Laurindo Rodrigues (sentado) à aldeia Bororó (Foto: Embrapa) Foto: Arquivo pessoal de Laurindo Rodrigues

A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Agropecuária Oeste, localizada em Dourados, a 230 km de Campo Grande, vai coordenar ações para o levantamento de dados ambientais, sociais e de produção nas comunidades indígenas Jaguapiru e Bororó, que ficam no município.

Os levantamentos iniciarão em 2025, e vão contemplar a RID (Reserva Indígena de Dourados), sexto maior território do Brasil com mais de 15 mil pessoas das etnias Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva e Terena, em uma área de cerca de 3,5 mil hectares. 

As aldeias

A aldeia Jaguapiru é composta, principalmente, por Terenas e Ñandeva, com melhor desenvolvimento socioeconômico. Já os Kaiowá habitam predominantemente a aldeia Bororó, que apresenta condições de extrema pobreza e escassez.

O levantamento permitirá a elaboração de um DP (Diagnóstico Participativo) etno-socioambiental e produtivo que reunirá informações atualizadas que servirão de subsídio para a formatação de políticas públicas voltadas à segurança alimentar, adequação de tecnologias e ações de mitigação, convivência e eliminação das causas. 

O trabalho é fruto do convênio para PDI (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) entre o Governo do Estado, por meio da SEC (Secretaria da Cidadania), e a Embrapa. 

“Os povos indígenas do passado dependiam em maior ou menor grau da pesca, agricultura, caça e coleta para sua subsistência. A mudança nos modos de vida desses povos alterou os sistemas de subsistência, o que resultou em escassez de alimentos e má alimentação, comprometendo a segurança alimentar”, explica Ana Margarida Castro Euler, diretora-executiva do DINT (Departamento Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia) da Embrapa.

“São escassos os estudos a respeito da insegurança alimentar em populações indígenas no Brasil e a falta desse conhecimento prejudica a elaboração de ações de melhorias de qualidade de vida e alimentação, entre outros fatores”, completa a diretora.

Objetivos e envolvidos

Assim, espera-se que o projeto permita a integração de ações e que a comunidade seja o agente da sua mudança e superação dos seus desafios.

“Serão mais de 20 centros de pesquisa e 25 pesquisadores estarão envolvidos, de diferentes áreas de formação e com experiências diversas, a fim de garantir a qualidade e aplicabilidade do diagnóstico a ser realizado”, explicou o pesquisador Harley Nonato de Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agropecuária Oeste.

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