Mortes por suspeita de dengue sobem para 3 em uma semana em Mato Grosso do Sul

Cuidados para combater mosquito Aedes aegypti devem ser redobrados com limpeza nas residências

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Larvas do Aedes aegypti (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

O número de mortes investigadas por suspeita de dengue em Mato Grosso do Sul subiu de um para três no intervalo de seis dias. A quantidade de casos prováveis cresceu de 2.686 para 2.723 no mesmo período, o que representa alta de 1,37%. Os dados constam no Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, com dados atualizados até a última sexta-feira (16). 

O índice de incidência da doença está em 98,8, número superior ao observado anteriormente em 97,4 na semana passada. 

Os casos prováveis são a soma de casos em investigação, casos confirmados e ignorados. Não são considerados os casos descartados. 

Dos mais de 2,7 mil casos prováveis de Mato Grosso do Sul, 748 (27,47%) são sobre casos confirmados. Os demais 1.975 (72,53%) são notificações em investigação ou ignorados.

Perfil

A faixa etária de 30 a 39 anos é o grupo em que a dengue tem sido mais prevalente em Mato Grosso do Sul, representando 558 notificações. 

Já no recorte racial, pessoas pardas contabilizam 1.332 das 2.723 notificações. Brancos representam 1.154 dos casos prováveis, enquanto pretas são 77 casos e amarelos têm 38 registros. 

Mulheres são as maiores vítimas de infecção da dengue, representando 52,8% dos casos, enquanto homens são 47,2%. 

Vacinação é exclusiva para crianças

A campanha de vacinação contra a doença é exclusiva para crianças de 10 a 11 anos em razão da doença ser mais agressiva para crianças desta faixa etária. A expectativa é que conforme mais doses do imunizante cheguem ao Estado, as faixas etárias sejam ampliadas.

A vacinação começou no domingo (11) após a chegada de 69 mil doses da vacina Qdenga no Estado. Campo Grande recebeu 24.639 doses da vacina Qdenga para imunizar crianças de 10 e 11 anos.

Dicas

Mato Grosso do Sul está em alerta para os casos de dengue. De acordo com informações do Governo do Estado, 80% dos focos do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, zika e chikungunya – estão nas residências, ou seja, a população deve ficar atenta e eliminar os focos do vetor dentro de casa. 

As principais orientações referem-se às medidas que devem ser implementadas nas casas, terrenos e lotes.

Confira as dicas: 

  • Evitar água parada em pneus, latas e garrafas vazias;
  • Cuidar de plantas, vasos, potes e outros objetivos que acumulem água;
  • Realizar a limpeza regular da caixa d’água e sempre mantê-la fechada com a tampa adequada;
  • Verificar calhas, retirando folhas, galhos e o que possa impedir a água de escorrer;
  • Colocar lixo em sacos plásticos e manter a lixeira fechada;
  • Eliminar entulhos do quintal;
  • A água do pote do animal de estimação deve ser trocada com frequência;
  • Eliminar copinhos plásticos, tampas de refrigerante e sacos abertos que possam acumular água;
  • Piscinas que não estiverem em uso devem ser cobertas para evitar a proliferação dos mosquitos;
  • Tampar os ralos;
  • Em caso de obras, ficar atento a equipamentos como lonas, carrinhos de mão e betoneiras para não acumularem água;
  • Fazer limpezas regulares da bandeja externa da geladeira e da bandeja coletora de água do ar-condicionado;
  • Como usar protetor solar com repelente;
  • Os repelentes também são uma boa medida para evitar a picada de mosquitos. Na embalagem do produto, é possível checar o tempo de proteção e a necessidade de reaplicação. Crianças devem passar produtos que indiquem se é de uso pediátrico. 

Conteúdos relacionados