Entre os dias 5 e 11 de maio, Campo Grande registrou 87 casos de síndrome respiratória aguda grave e uma morte. Com média de 12 casos por dia, crianças seguem sendo as principais afetadas pelas doenças respiratórias, conforme dados da Sesau (Secretaria municipal de saúde).

Dados mostram que, na última semana, foram 42 casos de síndrome respiratória em crianças de zero a 9 anos e 33 casos registrados em pessoas com 50 anos ou mais. Os números de casos superam o mesmo período do ano passado, quando na semana 19 foram registrados 79 casos contra 87 deste ano.

Porém, entre as mortes os números de 2024 são bem menos agressivos. Na semana 19 deste ano, houve apenas uma morte de pessoa com mais de 80 anos, contra 9 mortes registradas no mesmo período do ano passado.

O avanço dos casos de SRAG este ano se diferencia do comportamento de 2023. No ano passado, a crise começou em março, com pico de caso na semana 13, seguida de redução. Este ano, os dados mostram crescimento linear, sendo a semana 18 a com mais casos até o momento.

De janeiro até agora, Campo Grande acumula 1.266 casos de síndromes respiratórias. Em todo o ano de 2023, foram registrados 3.161 casos de SRAG.

Mato Grosso do Sul tem 2,4 mil casos de SRAG

Em todo o Estado, são 2.437 casos de síndromes respiratórias registradas até a semana 18 do ano, com 177 mortes. Os dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) mostram 4 mortes na última semana e 197 casos registrados.

Em Campo Grande, estão 50% dos casos de SRAG registrados no Estado e os demais diluídos entre os municípios. Corumbá tem 7,6% dos casos, Ponta Porã tem 4,9% e Três Lagoas 3,7%. No Estado, são 1.147 casos de SRAG em crianças de zero a 9 anos.

Campo Grande em emergência de saúde

prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência em saúde devido à alta de casos de síndrome respiratória aguda grave. Com unidades de saúde lotadas, a Sesau negocia a abertura de novos leitos, principalmente pediátricos.

Conforme a secretária de Saúde, Rosana Leite, há aumento da ocupação de leitos das unidades de saúde da prefeitura e da rede contratualizada de urgência e emergência por conta do aumento de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) na Capital.

Apesar do cenário ser menos grave do que no ano passado, há aumento nos casos de internação de crianças e também o tempo de internação é maior.

“Em quantidade da SRAG, no ano passado foram 1.400. Esse ano são mil, porém o tempo de internação desses nossos pacientes está chegando de 10 a 15 dias. O que isso significa que não há um giro de leito. O paciente interna e a gente não consegue colocar outro”, explica a secretária.