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Cotidiano

Aliançados bate o martelo, fecha unidades e decide individualizar administração

Denúncia foi feita por ex-membro da comunidade à reportagem do Jornal Midiamax
Schimene Weber -
Comunidade Cristão Aliançados (Foto: Madu Livramento, Jornal Midiamax)
Comunidade Cristão Aliançados (Foto: Madu Livramento, Jornal Midiamax)

A Igreja Aliançados, que foi alvo de inúmeras polêmicas nos últimos meses, realizou na segunda-feira (9) uma reunião, para fechar diversas unidades e, ainda, individualizar a administração de igrejas compradas por pastores que congregavam nas mesmas. As informações foram repassadas à equipe de reportagem do Jornal Midiamax via denúncia de uma fonte anônima, que anteriormente fazia parte da comunidade.

“Aliançados continuarão. Agora, todos os riscos e contas serão de responsabilidade de cada pastor e igreja. Não sairão custeios da sede. As igrejas serão independentes”, diz um print encaminhado à reportagem.

Reunião no mezanino da igreja

Conforme fonte anônima, essa é a primeira vez que uma reunião convocada via grupo de WhatsApp acontece de portas fechadas, com membros da igreja barrados. “O que eles divulgam no edital de convocação já é decisão tomada. Por protocolo, eles publicam e conversam com os pastores dos núcleos antes do culto profético. Ontem, entretanto, foi uma reunião diferente. Repassaram, inclusive, que, para participar, o membro teria que comprovar os três últimos dízimos enviados na Aliançados. Caso contrário, não seria considerado membro e, portanto, não poderia participar da discussão”, informou.

Durante as conversas, que ocorreram na unidade situada na Avenida Mato Grosso, em , foram encerradas as atividades oficiais da Aliançados nas seguintes igrejas: a) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Terenos; b) a congregação Comunidade Cristã Aliançados em Corumbá; c) congregação Comunidade Cristã Aliançados em ; d) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Água Clara; e) a congregação Comunidade Cristã Aliançados em Anastácio; f) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Rondonópolis/MT; g) congregação comunidade Cristã Aliançados em Jardim; h) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Sidrolândia; i) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Aquidauana; j) congregação Comunidade Cristã Aliançados em São Gabriel do Oeste; k) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Coxim; l) congregação Comunidade Cristã Aliançados em Fátima do Sul; m) congregação Comunidade Cristã Aliançados – Aliançados Young Chuch; n) a congregação Comunidade Cristã Aliançados Tijuca – Campo Grande; o) congregação Comunidade Cristã Aliançados Santo Amaro – Campo Grande; p) congregação Comunidade Cristã Aliançados – Campo Grande; q) a congregação Comunidade Cristã Aliançados Vida Nova – Campo Grande; r) congregação Comunidade Cristã Aliançados Futurista – Campo Grande; s) congregação Comunidade Cristã Aliançados Jardim Imá – Campo Grande; e t) atividades da congregação Comunidade Cristã Aliançados Los Angeles – Campo Grande.

Administração individualizada

Outra fonte anônima que não quis se identificar informou à reportagem do Jornal Midiamax que o fechamento das igrejas ocorreu, principalmente, pelo baixo faturamento. “Algumas dessas unidades estavam em grupo de WhatsApp que monitorava rendimento de igrejas que faturavam ‘menos de 12K’. Como as igrejas eram irrelevantes em , optaram por fechar. Entretanto, algumas pessoas discutiram e, para não ficar feio de fechar essa grande quantidade de igrejas, eles tiveram essa ideia de ‘dar’ a igreja para os pastores assumirem as despesas e serem os novos donos”, explicou.

Questionado sobre a “boa ação” de doação da igreja, a fonte anônima informou à reportagem que, na verdade, não seria bem assim. “Por agora, estão falando que eles deram, mas conhecendo o Denilson [pastor líder da Aliançados], sabemos que vai haver um acerto”, finalizou.

Procurada pela equipe do Jornal Midiamax, a assessoria do pastor Denilson não respondeu aos questionamentos da reportagem até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto para manifestações.

Aliançados: disputas internas e briga por dinheiro

Acusações contra o líder da Comunidade Cristã Aliançados, pastor Denilson Fonseca, ganharam repercussão midiática nacional, após o pastor Paulo Lemos publicar uma nota oficial sobre seu desligamento da comunidade, que foi acompanhado de assédio moral e destruição de sua imagem.

A nota foi publicada por meio de vídeo em rede social, mobilizando centenas de comentários na postagem, dos quais muitos são de relatos de pessoas que teriam sofrido o mesmo tipo de desmoralização.

Segundo Lemos, nos últimos anos, pelo menos 40 pastores foram demitidos sob o mesmo “modus operandi”. Os afastamentos seriam sempre acompanhados de destruição da imagem do pastor alvo do momento. O motivo? Eles seriam pessoas que ‘sabiam demais’ ou que ganhavam ‘mais visibilidade e fama’ do que deveriam.

A suposta falta de dinheiro em uma das igrejas evangélicas que mais cresceu nos últimos anos em Campo Grande expôs disputas internas e troca de acusações entre os dirigentes da Comunidade Cristã. Esse escândalo vazou e chegou à justiça trabalhista.

Conforme Lemos, o argumento para justificar o suposto assédio moral e a demissão seria a ‘dificuldade financeira’. No entanto, a prosperidade financeira é uma das principais bandeiras da agremiação pentecostal que tem sede suntuosa em Campo Grande.

“Seu problema é ser pastor de pobre”, relataram ex-integrantes da Aliançados sobre as afirmações de Denilson, quando não atingiam o que classificam como ‘metas de arrecadação’ de dízimo.

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