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Cotidiano

Em Campo Grande, 25 mil se vacinaram contra HPV em 2023, mas número está longe da meta

Imunizante é mais eficaz quando aplicado na faixa etária de crianças e adolescentes
Monique Faria -
Vacinação (Reprodução, Freepik)

Inserido no calendário vacinal desde 2014, o imunizante contra o HPV (papilomavírus humano) é mais efetivo quando aplicado em crianças e adolescentes. Em 2023, foram administradas 25.391 doses da vacina na faixa etária de 9 a 14 anos, entre meninos e meninas, em . O número é abaixo do esperado para essa faixa etária.

De acordo com dados da (Secretaria Municipal de Saúde), ao todo, 12.641 meninas foram vacinadas, e 12.750 meninos receberam doses da vacina no ano passado. Entre os imunizados, meninas de 9 anos são as que mais se vacinaram, atingindo 82%. A taxa vacinal diminui à medida que as idades avançam, chegando a 7%, apenas, entre meninas de 14 anos.

Entre os meninos, na faixa etária de 9 a 14 anos, a taxa vacinal é inferior a das meninas, de mesmas idades. Os mais vacinados são meninos de 10 anos, com 52%, e os que menos se vacinaram são meninos de 14 anos, com 11% apenas de imunizados.

Em relação ao número de primeiras doses, 7.151 meninas, de 9 a 14 anos, receberam a primeira etapa do imunizante, em 2023. Entre meninos, na mesma faixa etária, o número registrado de primeiras doses foi de 8.353.

Quando aplicada na infância, a vacina induz a produção de anticorpos em maior quantidade, protegendo contra o vírus HPV antes mesmo do início da vida sexual. Além de prevenir contra o HPV, a vacina evita futuros casos de câncer no colo do útero e outros tumores, que podem acometer homens e mulheres.

Quem pode tomar a vacina

Desde 2014, o SUS (Sistema Único de Saúde) oferece doses gratuitas da vacina HPV para crianças e adolescentes que se enquadram na faixa etária prioritária, ou seja, meninas de 9 a 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos.  

Além disso, homens e mulheres, de 9 a 45 anos, portadores de HIV ou que realizaram transplantes de órgãos e medulas, podem se vacinar na rede pública de saúde. Vítimas de abusos sexuais, de 15 a 45 anos, também possuem prioridade para se vacinar pelo SUS.

Em Campo Grande, a vacinação pode ser feita em qualquer uma das 68 unidades de saúde disponíveis. Para se vacinar, é preciso levar documento de identificação com foto e a caderneta de vacinação.

Importância do imunizante

A infecção pelo vírus HPV é a IST (Infecção Sexualmente Transmissível) mais frequente no mundo. Os primeiros sintomas podem aparecer de 2 a 8 meses após a contração do vírus, mas em alguns casos pode demorar cerca de 20 anos para as primeiras manifestações da doença. 

Os sinais do vírus HPV aparecem em forma de lesões, que podem ser de diversos tamanhos e quantidade, nas genitais ou no ânus. Em geral, são assintomáticas, mas costumam causar coceira no local.

Na maior parte dos casos, a infecção é espontaneamente solucionada, pelo próprio organismo, em um período de aproximadamente 24 meses. Contudo, a infecção está associada ao desenvolvimento de vários tipos de câncer em mulheres e homens.

Em 2023, 13.810 homens e 11.943 mulheres contraíram o vírus HPV. O número de casos aumentou, em relação à 2022, quando foram registrados 7.847 homens e 9.529 mulheres com a doença.

O imunizante previne contra 70% dos cânceres do colo útero, 90% das variedades de câncer anal, 63% do câncer de pênis, 70% dos cânceres de vagina, 72% dos cânceres de orofaringe e 90% das verrugas genitais. Além disso, as vacinas HPV protegem contra o pré-câncer cervical em mulheres de 15 a 26 anos. 

Câncer de colo de útero

Segundo o Inca (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, no Brasil.

Uma pesquisa do instituto, realizada no ano de 2022, revelou que para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 17.010 casos novos desse tipo de câncer.

Ainda com base na pesquisa, em 2021, a taxa de mortalidade por câncer no colo do útero foi de 4,51 óbitos para cada 100 mil mulheres. No mundo, mais de 300 mil mulheres morrem a cada ano vítimas da doença.

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