Cresce o número de recém-nascidos com sífilis congênita e Sesau orienta para pré-natal adequado

Foram 105 casos registrados em 2024 e 97 em 2023

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(Arquivo Midiamax)

De janeiro a agosto, a sífilis congênita, transmitida da mãe para o bebê, foi a única a crescer em Campo Grande em comparação com o ano passado. Foram 105 casos registrados em 2024 e 97 em 2023.

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Já a sífilis adquirida em gestantes, transmitida por meio de relações sexuais sem preservativo ou transfusão de sangue, teve queda no número de contaminações nos 8 primeiros meses. Foram registrados 1.035 casos da sífilis adquirida este ano e 1.225 no ano passado, em gestantes foram 523 casos em 2023 e 308 em 2024.

Conforme Jaqueline Barbosa de Oliveira, gerente técnica da sífilis congênita da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a falta de um pré-natal adequado, com a mãe comparecendo a todas as consultas e realizando os exames, é a principal explicação para o aumento da doença em bebês.

“A Sífilis Congênita é evitada por meio de um tratamento e acompanhamento adequado da gestante com sífilis, assim como do seu parceiro. Os exames da gestante são realizados no primeiro e terceiro trimestre”, aconselha.

Testagem

Por meio do SUS as gestantes também conseguem realizar o teste rápido de Sífilis em todas as unidades de saúde da família e no Centro de Testagem e Aconselhamento. A secretaria ainda realiza ações extras em pontos estratégicos da Capital, com organização do setor de Infecções Sexualmente Transmissíveis. Para o teste de sífilis e outras ISTs, não é necessário o pedido médico.

Jaqueline explica ainda que o tratamento é feito exclusivamente com Penicilina Benzatina que está disponível em todas as unidades de saúde. Para as gestantes o tratamento medicamentoso é a única opção “que age através da placenta”.

A sífilis é uma Infecção curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema Pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária). Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

Essa doença pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada, transfusão de sangue ou para a criança durante a gestação, parto ou amamentação.

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