Condição insalubre do ar bate recorde e fumaça ‘apaga’ Campo Grande
Especialista ressalta que a situação é de alerta para risco à saúde
Karina Campos –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A condição da qualidade do ar nesta sexta-feira (13) é a pior já registrada no ano em Mato Grosso do Sul. O monitoramento já indicava aumento de fumaça das queimadas ainda mais densa, apagando prédios da cidade nesta manhã.
O professor do Instituto de Física e coordenador da Estação de Monitoramento da Qualidade do Ar, do LCA (Laboratório de Ciências Atmosféricas), Widinei Alves Fernandes, explica que o corredor de fumaça foi transportado da Amazônia e de países vizinhos, passando pelo Estado.
“Estamos medindo concentrações do PM2,5 acima de 110ug/m3. Quando a qualidade do ar está boa, os valores são inferiores a 10ug/m3”, descreve.
O monitoramento do Qualiar, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), destaca que a qualidade do ar hoje está muito ruim.
Uso de máscaras
O médico otorrinolaringologista, Bruno Nakao, explica por que essa exposição à fumaça se torna grave à saúde humana, aumentando os riscos de faringites – inflamação que acomete a faringe – e crises de asma nesse período.
“Os danos da fumaça estão relacionados à exposição de partículas tóxicas e à densidade mais intensa inalada para os pulmões. Dessa maneira, há um risco aumentado para crise de asma ou bronquite, rinossinusites agudas virais, bacterianas e rinites alérgicas”, explica Nakao.
O ar seco que os campos-grandenses estão respirando, com umidade do ar extremamente baixa, abaixo dos 12%, acarreta o ressecamento da mucosa nasal, conforme explica o especialista, Bruno Nakao.
“O ar fica mais seco e causa um ressecamento na mucosa nasal, o que eleva o risco de sangramento nasal e inflamação da pele por dentro do nariz, causando dor e dificuldade respiratória”, explicou.
Além do ressecamento nasal, dores na garganta e rouquidão estão entre as consequências de respirar em meio à fumaça. “Podemos ficar mais roucos e com dor de garganta, que são as faringites e laringites agudas”, disse o otorrino.
O uso da máscara é indicado pelo médico apenas em exposição aguda à fumaça. “Apenas para casos de exposição aguda à fumaça, pois para as partículas inaladas, o correto é a lavagem nasal”, explicou.
Notícias mais lidas agora
- Casal é feito refém por mais de 8 horas e amarrado durante roubo em sítio de MS
- ‘Me desafiou’: Mãe que matou adolescente esfaqueado tem audiência marcada em Campo Grande
- Adolescente tinha salário roubado pela mãe e diz ter usado cocaína pela 1ª vez para cometer o crime
- MAPA: Confira onde ficam os radares que mais multam em Campo Grande
Últimas Notícias
Adolescentes apreendidos em MS por envolvimento em latrocínios são transferidos para Goiás
Após os atos infracionais análogo aos crimes em Goiás, trio fugiu para Chapadão do Sul, onde entraram em confronto com a polícia
Bares e restaurantes defendem volta do horário de verão com expectativa de faturar 15% a mais
A volta do horário de verão é defendida também pelo ONS, diante da seca que atinge o Brasil em 2024
EUA: furacão Milton provoca um dos maiores êxodos da história do Estado da Flórida
A chegada do furacão Milton provocou na terça-feira (8) um dos maiores êxodos da história do Estado da Flórida
Doleiros que trabalhavam para grupos criminosos são alvo de operação da PF em MS
Doleiros ‘lavaram’ mais de R$ 1 bilhão
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.