Comunidade pantaneira sofre com fumaça de incêndios e busca médicos voluntários

Na semana passada o fogo voltou a se aproximar da comunidade

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(Foto: Divulgação/IHP)

Desde 2020, a vida de moradores da comunidade Barra do São Lourenço, no Pantanal sul-mato-grossense, não é a mesma. Os incêndios florestais ameaçam os moradores há quatro anos e afetam tudo no bioma e na vida de quem ali vive, desde a produção para subsistência até a saúde física e mental.

Eliane Leonida Aires, 57 anos, presidente da Associação Renascer, há meses tenta chamar atenção para a necessidade de ajuda que a comunidade precisa. “A fuligem acaba com a gente, é muita dor no peito, muita falta de ar, dor de cabeça, no olho. Parece que a gente vive o tempo todo queimando, nos atinge de todas as formas”, afirma.

Na semana passada, o fogo voltou a se aproximar da comunidade, ameaçando tudo por lá. Mas Eliane afirma que o problema é muito pior, pois há falta de comida a remédio e os moradores precisam de todo tipo de ajuda.

Falta água no Pantanal e isso afeta também a produção dos ribeirinhos, que não conseguem produzir hortifrútis e não têm recurso e acesso a alimentos de qualidade e combustível. “A gente precisa dessas coisas, filha, porque as coisas aqui não tá fácil não, não tá fácil não”, diz a representante da comunidade.

IHP busca profissionais para atender comunidade

Desde a semana passada, o Instituto Homem Pantaneiro tenta recrutar voluntários da área de saúde para atender os moradores da Comunidade Barra do São Lourenço. Por lá, vivem em torno de 100 pessoas, algumas delas com idade acima dos 60 anos e que possuem problemas respiratórios, por exemplo.

Um médico e um enfermeiro estão sendo chamados pelo IHP (Instituto Homem Pantaneiro) para ser voluntários nesse atendimento. Os profissionais, que precisam ter a devida documentação para atuar, ficarão instalados na base do IHP, na RPPN Acurizal, e vão fazer o deslocamento até a comunidade com a equipe do Instituto que também está na região.

“Comunidade têm passado por desafios de saúde, estão convivendo com a fumaça densa cobrindo a comunidade e a gente entende que eles precisam de atendimento emergencial física e mental. É uma questão de sobreviver no território que eles vivem”, afirma Isabele Bueno, coordenadora de operações do IHP.

Além de médica-veterinária, o IHP está atuando com os brigadistas ambientais da Brigada Alto Pantanal. Não haverá custo para o transporte entre Corumbá e a região do atendimento e nem gasto com alimentação para o período.

Os interessados devem entrar em contato, a qualquer momento, pelo WhatsApp (67) 4042-5424 ou (67) 99987-0467. A embarcação do IHP que fará o deslocamento para a região da comunidade Barra do São Lourenço deve sair de Corumbá neste dia 21/10.

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