Com volta das chuvas, Rio Paraguai em Ladário sobe 60 centímetros em novembro

Melhor nível acontece pouco tempo após o Rio Paraguai registrar o pior em 124 anos

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Rio Paraguai em Corumbá (Alicce Rodrigues, Midiamax).

Após meses vivendo a estiagem, novembro trouxe chuvas regulares para Mato Grosso do Sul. Além de melhorar a qualidade do ar, as chuvas contribuíram para a redução dos focos de incêndio e o aumento do nível dos rios do Estado.

Nos 30 dias de novembro, o nível do rio Paraguai em Ladário, referência, saiu de -0,40 cm no dia 1° para 0,21 cm no último dia do mês. Foram 60 centímetros de aumento, saindo da marca negativa onde o rio estava desde 26 de agosto.

Dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) mostram que choveu consideravelmente em Mato Grosso do Sul, em novembro. Destaque para Bataguassu, onde choveu 273 milímetros no mês e Costa Rica, onde a precipitação somou 264 milímetros.

Em Jardim, Bonito, Paranaíba e Sonora também choveu mais de 200 milímetros no mês. E no Pantanal, foram 168 milímetros registrados na base de Nhumirim. No vizinho Mato Grosso, em cidades como Tangará da Serra e São José do Rio Claro, a chuva passou de 370 milímetros no mês.

Ainda é cedo para falar se 2025 será de cheia ou de seca na bacia, o que vai depender da quantidade de chuvas nos próximos meses.

(Foto: Reprodução/Marinha do Brasil)

Rio atingiu pior nível em 124 anos

No dia 8 de outubro de 2024, o Rio Paraguai, em Ladário, atingiu o menor nível histórico, superando o recorde registrado em 1964. Dessa forma, o nível do rio é o pior desde o início da medição em 1.900. São 62 centímetros abaixo da cota zero e uma semana após atingir a marca, a situação é preocupante, pois o nível continua em queda.

Dados da Sala de Situação do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), que monitora o nível dos rios do Estado, nesta terça-feira (15), indicam que o nível do Rio Paraguai em Ladário chega a 68 centímetros negativos. São 6 centímetros a menos do que a semana passada, um novo recorde.

Pantanal pode acabar?

Em entrevista ao Estadão, o climatologista Carlos Nobre disse que está assustado com a rapidez com que as mudanças climáticas avançam e acha que o Pantanal deve acabar até 2070. As afirmações são alarmantes e, junto com o cenário enfrentado em 2024, nos fazem imaginar o futuro nessas condições.

Para entender sobre o possível fim do Pantanal precisamos relembrar qual a principal característica do bioma. A água. O Pantanal é uma planície alagável, formada por várias lagoas e com um regime de chuvas e secas historicamente bem definido. Porém, em 2024 o bioma está seco, sem cheia, sem lagoas, sem navegação e com muito fogo. Conforme os ambientalistas, este é um exemplo de como o Pantanal pode acabar.

As mudanças climáticas levaram o Brasil a vivenciar, em 2024, a pior seca de sua história. Não houve período de cheia, o Rio Paraguai atinge níveis extremamente baixos e os incêndios se alastram por Mato Grosso do Sul, na contramão de tudo o que o bioma representa.

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