Campo Grande enfrenta um momento crítico na saúde. As UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) de Campo Grande continuam lotadas. Nesta terça-feira (23), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que a busca por atendimento aumentou 4 vezes. O motivo, segundo a pasta, se deve aos casos de doenças respiratórias . No início da tarde de hoje, depois de aguardar pelo médico das 9h30 às 13 horas, uma paciente desistiu da espera na UPA Leblon.

À equipe do Jornal Midiamax, a técnica de enfermagem Lia Carvalho, de 26 anos, disse que esteve na unidade na segunda-feira (22). Segundo ela, a demora foi grande, mas conseguiu ser atendida. Com quadro de infecção urinária, ela realizou exames e teve que retornar hoje para pegar o resultado e passar novamente pelo médico, no entanto, não conseguiu ser atendida.

“Vim de manhã e fui embora à tarde, sem atendimento. Fiquei esperando por mais 3 horas e meia e tive que ir sair porque minha filha tem prova e eu precisava deixá-la na escola. Peguei os exames que fiz aqui ontem, mas sai sem saber o resultado”, relata.

Conforme escala divulgada pela Sesau nesta manhã, 8 médicos deveriam atender os pacientes adultos na UPA Leblon, porém, a paciente afirma que os servidores não estavam chamando pelos pacientes e que o atendimento parou às 11 horas e não retornou até a saída dela da unidade, à 13 horas.

“Eu vi alguns médicos, mas eles não estavam chamando pelos pacientes. O atendimento parou às 11 horas e não voltou ainda. Fui perguntar e disseram apenas que iria demorar”, afirma.

À reportagem do Jornal Midiamax, a Sesau disse que 7 médicos estavam atendendo na UPA Leblon nesta manhã e que a espera está “dento do tempo protocolar de até 4 horas para casos de menor gravidade”. A Secretaria Municipal de Saúde também assegurou que um reforço foi enviado para local às 11 horas.

Alta demanda

Desde ontem a população reclama da demora no atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento em Campo Grande. Nesta terça-feira, pela manhã, a Sesau afirmou que o número de busca por atendimento está 4 vezes maior que o habitual – que é de 1 mil atendimentos por dia. O aumento expressivo é reflexo das condições climáticas aliadas à proliferação dos vírus respiratórios.

Com a alta demanda, o número de espera, em alguns casos, ultrapassa o tempo protocolar de 4 horas. A Sesau reforça que tem enviado reforço às unidades a fim de amenizar a espera por atendimento médico nas nas 10 unidades de urgência da Capital.