Com superlotação, paciente com AVC espera há 4 dias transferência para hospital em Campo Grande

Família relata que paciente está com dificuldade de fala e movimentos

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UPA Universitário (Foto: Arquivo, Midiamax)

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que as unidades reguladas pela central do Sisreg (Sistema de Regulação) de Campo Grande estão em superlotação. Com isso, um paciente que sofreu AVC (Acidente Vascular Cerebral) aguarda há quatro dias a transferência para um hospital.

A esposa relata que o homem, de 47 anos, foi levado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, onde permanece internado nesta terça-feira (26). Apesar do acompanhamento das equipes de plantão e paliativo, a família espera o encaminhamento para tratamento médico especializado.

“Meu esposo necessita de atendimento médico especializado para fazer exames importantes para sua progressiva melhoria da saúde e movimentos, aguardando desde então uma vaga em algum hospital desta cidade, onde cresci. Porém, essa espera angustiante tem nos mostrado o quanto é importante cada momento perdido, já que ele vem reduzindo mais os movimentos e a fala”, diz.

Lotação

Em nota, a Sesau informa que o paciente com quadro de AVE (acidente vascular encefálico), também conhecido como AVC, estava fora do tempo de trombólise (tratamento intravenoso) no dia em que buscou atendimento na UPA. A pasta diz que, no momento, o paciente está estável e respirando confortavelmente em ar ambiente, aceitando dieta via oral sem dificuldade, eliminações fisiológicas presentes.

“A SESAU declara ainda que as unidades reguladas pela central de Campo Grande (SISREG) estão em superlotação, e o paciente ainda não foi liberado para essas unidades pelo risco de desassistência médica”.

AVC

Conhecida popularmente como derrame, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma das doenças com maior incidência no Brasil. A doença é uma condição neurológica com a perda de função neurológica diante da incapacidade do cérebro em receber sangue de uma forma adequada, seja porque a artéria entope levando ao AVC isquêmico ou porque se rompe levando ao AVC hemorrágico. Ambas são graves, levando a mortalidade e sequelas.

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