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Cotidiano

Com risco à vida, pipa com cerol marginaliza e impõe medo no ‘Redondo do São Conrado’

Mulher morreu no fim de semana em acidente com cerol, em Três Lagoas
Karina Campos, Clayton Neves -
linha
(Nathalia Alcântara, Midiamax)

Entre os moradores da região do “Redondo do São Conrado”, na Avenida Dr. Nasri Siufi, em , o medo impera por um dia ser vítima de linha de cerol ou chilena. O que deveria ser momento de descontração entre famílias, se transformou em brincadeira marginalizada em razão das linhas cortantes que colocam pessoas em risco. Neste , uma motociclista morreu em Três Lagoas ao se ferir com linha com cerol.

Em uma breve observação entre o redondo e os canteiros da avenida, é possível notar vários emaranhados de linha com cerol, restos de pipa e rabiolas, não apenas no chão, mas em cima de casas, comércios e fiação elétrica.

O ciclista Silvestre Amaral já se cortou enquanto pedalava na ciclovia do trecho, em um dia que acontecia um campeonato amador de pipa. Não houve como evitar, já que ele tentou afastar a linha com a mão enquanto a pipa caía sobre ele.

“Tem horas que a gente não vê cair, tem que prestar atenção no trânsito, não dá para sair quando vai ser em você. Já vi motociclista se machucar, não só aqui no redondo, mas em todos os campinhos da Lúdio Coelho”, descreve.

A situação se tornou comum em todo fim de semana, como conta Elaine da Silva, que já presenciou uma morte por acidente de pipa com cerol quando morava no . Desde então, teme se tornar uma vítima ou ver acontecer novamente.

“Sempre vejo pessoas soltando pipa com cerol, todo fim de semana. É adulto, é criança… É muito perigoso. Eu percebo que fica mais cheio quando as crianças estão tendo aula, não só nas férias. Fecha a avenida de gente e eu tenho muito medo. Se todo mundo se unisse para as crianças não soltar e os adultos tiveram consciência, acabava, mas todo mundo se reúne no erro para fazer coisa errada”.

Linha e resto de pipa na fiação elétrica (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Silvana Guimarães diz que o trânsito já chegou a parar quando uma linha caiu e interditou as faixas. “Não vi ninguém morrer, mas já vi acidente, ‘vira e mexe’. Eu acho ruim porque é um risco, tem muita criança”.

Um morador, que preferiu não se identificar, comprou um carretel com mais de três mil metros. Ele disse que havia pago R$ 122 e que estava em casa. Ele preferiu não revelar a finalidade, mas disse que é comum todo o encontro de quem gosta de soltar pipa. “Todo mundo faz”.

Luzia Cristina percebe fiscalização temporária da GCM (Guarda Civil Metropolitana), entretanto, é só o monitoramento da segurança pública se ausentar para o movimento voltar ao comum.

“Tinha que acabar, pelo amor de Deus, é um perigo para todo mundo. Os motociclistas têm que colocar anteninha para não se machucar. Eu quando vou passear com meu cachorro, enrosca pipa no pé e pode me ferir. Quando a GCM passa, a ‘gurizada’ sai correndo, mas voltam de novo depois”.

Morador comprou carretel de linha (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Morte com linha

No sábado (27), Cátia Pavaneli Cardoso, de 34 anos, morreu vítima de um acidente com linha com cerol em Três Lagoas, a 323 quilômetros de Campo Grande. Ela estava com o filho na motocicleta quando foi atingida.

Cátia seguia na CG Titan 150 vermelha, com o filho na garupa, e passava pela Rua Rogaciano Garcia Moreira. Em determinado momento, teve o pescoço cortado pela linha com cerol, se desequilibrou da moto e caiu.

Mesmo após a queda, conforme o portal RCN, Cátia teria andado por aproximadamente 50 metros para pedir ajuda. No entanto, acabou caindo na rua e falecendo.

Testemunha ainda acionou o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas a vítima não resistiu. foi ao local e o caso foi registrado na 3ª Delegacia de Polícia Civil, que investiga.

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