Com incêndios diários, Campo Grande alcança 614 ocorrências registradas pelos Bombeiros

Nos últimos dias, incêndios simultâneos e em áreas diferentes mobilizam as equipes

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Fumaça persiste na Avenida Ernesto Geisel (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Apenas na manhã desta quinta-feira (25), imagens espaciais de satélite da Nasa (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) indicavam oito focos de calor em Campo Grande, sendo dois em um extenso espaço. A falta de chuvas e temperaturas acima da média favorecem o aumento de ocorrências de incêndios florestais, somando 614 registros de janeiro a julho deste ano.

O balanço do Corpo de Bombeiros divulgado nesta quinta-feira mostra que o mês soma 105, com chances de superar junho, com 118 ocorrências, o maior pico do ano.

Apesar de preocupante, o semestre ainda não supera os números de 2023, que chegaram a 877 ocorrências entre janeiro e julho, além de 1.233 em 2022 e 1.412 em 2021.

De janeiro a julho de 2024, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul atendeu 2.378 ocorrências de combate a incêndio em vegetação no Estado.

Dois dias seguidos na fumaça

Pelo segundo dia consecutivo, a fumaça toma conta de trechos da Avenida Ernesto Geisel, em Campo Grande. Na manhã desta quinta-feira (25), a cortina intensa de fuligem era vista a distância, próximo ao bairro Estrela do Sul, em Campo Grande.

É possível notar que há fumaça em uma área verde da região, que é levada pelo vento. Com isso, a fumaça chega a outros bairros mais próximos.

Na quarta-feira (24), o Jardim Cerejeiras, uma área extensa de mata seca, foi atingida pelas chamas, com a fumaça invadindo apartamentos de um condomínio próximo. O Corpo de Bombeiros atendeu a três incêndios de grandes proporções em matas da região.

Preocupação no Pantanal

A força-tarefa de combate aos incêndios no Pantanal completa 115 dias nesta quinta-feira (25). A atualização do boletim semanal, divulgada pelo Governo do Estado, indica que a área queimada é de 606.975 hectares e foram registrados 3.284 focos de calor desde janeiro deste ano. A falta de chuvas, dificuldade de acesso e calor acima da média favorecem o aumento dos danos no bioma.

Os dados do Lasa-UFRJ (Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro) mostram que a área queimada é 2.397,8% maior em comparação com 2020, quando foram queimados 293.900 hectares, no período de 1º de janeiro a 23 de julho deste ano.

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