Com estiagem e tempo seco, Campo Grande registra 71 focos de incêndio neste ano

Ocorrências com vítimas sobem 120% em comparação com o ano passado

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Incêndio na região do Moreninhas (Alicce Rodrigues, Midiamax)

No último domingo (9), Campo Grande enfrentou um incêndio de grandes proporções na vegetação de um cemitério na região do Moreninha III. A densa fumaça e a fuligem cobriram o bairro, forçando os moradores a deixarem suas casas. A principal causa foi a estiagem prolongada e o tempo seco. Apenas neste ano, o Corpo de Bombeiros combateu 71 focos de incêndio, representando um aumento de 120% nas ocorrências com vítimas em comparação com 2023.

Os dados estatísticos indicam que, de janeiro a junho de 2024, ocorreram 71 incêndios, dos quais 11 tiveram vítimas. Apesar dos danos, o número é menor do que no ano anterior, quando foram registrados 128 incêndios, resultando em cinco incidentes com vítimas. Isso representa uma redução de 44,53% nas ocorrências totais.

No entanto, considerando todos os casos em todo o Mato Grosso do Sul, houve um aumento anual de 314,06%, saltando de 128 ocorrências em 2023 para 530 no mesmo período deste ano. Os incêndios com vítimas aumentaram de cinco para 61, correspondendo a um aumento de 1120%.

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Estiagem favorece incêndios florestais (Lethycia Anjos, Midiamax)

Incêndios diários

Contudo, na manhã desta terça-feira (11), um terreno na Avenida Fábio Zahran estava sendo consumido pelo fogo. Para se ter uma ideia, as chamas atingiam o topo de algumas árvores e a intensa fumaça cobria a avenida.

Já no Moreninha III, a vegetação de uma área de 500 m² foi totalmente queimada. Ainda não há informações sobre a causa do incêndio. Segundo os moradores, a situação é recorrente na região. “Ainda bem que o vento não está soprando para cá porque faz mal à saúde. O povo joga muito lixo por cima do muro e eu fico muito preocupada porque sou idosa”, conta Maria Lurdes, de 72 anos.

Sirlei Vieira, de 37 anos, moradora do bairro há 16 anos, relata que “o pessoal costuma colocar fogo nas coisas durante o fim de semana. Eu só percebi quando começou a sujar a minha casa. Fui lá para ver e me deparei com as chamas altas”.

Sem chuvas

Segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), não há previsão de chuva até o dia 18 de junho. No segundo semestre do mês, entre 18 e 26, há previsão de chuvas entre 30 e 70 milímetros, principalmente nas regiões sul, sudeste, leste e sudoeste do Estado.

A última chuva registrada na Capital foi no dia 24 de maio, com a chegada de uma frente fria.

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