Com doença controlada, MS registra dois casos confirmados da varíola dos macacos
Nos meses de janeiro e fevereiro, a capital e cidades do interior tiveram casos notificados
Mariane Chianezi –
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Doença considerada controlada em Mato Grosso do Sul, a Mpox, conhecida como varíola dos macacos, registrou dois casos confirmados no início deste ano. Em dois meses, a capital e cidades do interior tiveram casos notificados.
Conforme a SES (Secretaria Estadual de Saúde), nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, foram notificados 9 casos de Mpox no Estado, sendo 1 caso notificado e já descartado no município de Ivinhema, 5 casos notificados em Campo Grande, sendo 2 confirmados e 3 descartados, 1 caso descartado no município de Chapadão do Sul e, atualmente, 2 casos notificados estão em investigação: 1 no município de Dourados e 1 em Ponta Porã.
“Nessa perspectiva, pode-se afirmar que a doença se encontra sob controle no Estado, cenário que reflete a situação nacional”, diz a secretaria em nota encaminhada ao Midiamax.
Em março de 2023, Mato Grosso do Sul recebeu 332 doses da vacina MVA-BN Jynneos Mpox, disponibilizadas aos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas, que segundo a SES, concentrava o maior número de casos da doença na época.
Questionado se havia mais doses da vacina e como se dava a procura pelo imunizante, a SES esclareceu que o Ministério da Saúde não realizou novas aquisições e estados não voltaram a receber novos imunizantes. A reportagem procurou o Ministério da Saúde questionando sobre a vacina, se há previsão de retomada das doses, e aguarda retorno.
“A SES ressalta que a persistência da ocorrência de novos casos, ainda que com magnitude inferior comparado a períodos anteriores, é compatível com a manutenção da circulação viral na população. Deste modo, deve-se investir em ações educativas para a percepção e redução de risco, além de reforçar o diagnóstico diferencial nas formas clínicas compatíveis com a Mpox”, afirmou.
Os sintomas mais comuns da varíola dos macacos são erupção cutânea ou lesões espalhadas pela pele, adenomegalia/linfonodos inchados – também conhecidos como ínguas –, dor de cabeça, calafrios e fraqueza. A orientação é que ao sentir quaisquer sintomas, procure uma unidade de saúde.
Sobre a Mpox
A Mpox é uma doença causada pelo vírus Monkeypox virus do gênero Orthopoxvirus e família Poxviridae, geralmente autolimitada, cujos sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. O período de incubação do vírus é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.
A pessoa infectada é assintomática no período de incubação. A manifestação típica é composta por manchas vermelhas, precedidas ou não de febre de início súbito e inchaço dos gânglios. Outros sintomas incluem dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
A transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com lesões de pele ou fluidos corporais de uma pessoa infectada ou objetos recentemente contaminados, tais como toalhas e roupas de cama. Também pode ocorrer por meio de gotículas que geralmente requer contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas, o que torna trabalhadores da saúde, familiares e parceiros íntimos pessoas com maior risco de infecção.
Uma pessoa pode transmitir a doença desde o momento em que os sintomas começam até a erupção ter cicatrizado completamente e uma nova camada de pele se forme. Em caso suspeito da doença, é necessário realizar o isolamento imediato do indivíduo e coletar amostras clínicas em uma unidade de saúde. O rastreamento e monitoramento dos contatos dos casos suspeitos deverão ser realizados por no mínimo 21 dias.
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