Cliente de trancista acusada de golpes pagou R$ 1,5 mil e nunca foi atendida: ‘Sempre dando desculpas’
Trancista de Campo Grande é acusada de pedir pagamento antecipado aos clientes e não entregar o serviço combinado
Monique Faria –
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Imprevistos no dia marcado, problemas de saúde e no aparelho celular. Esses, e outros, eram os motivos que a trancista de Campo Grande, acusada de dar golpes em suas clientes, apresentava para não realizar os procedimentos já pagos.
Uma das vítimas da profissional relatou ao Jornal Midiamax que procurou a trancista para fazer cinco procedimentos durante o ano. Ao todo foi investido R$ 1,5 mil, pago antecipadamente. Mas, os atendimentos nunca aconteceram.
Para ela, a trancista disse que não fazia atendimento a domicílio, mas somente na sua própria residência. Contudo, no momento em que a cliente tentava marcar o horário, hesitava em enviar o endereço de onde mora.
“Sempre que chegava no dia do atendimento ela não respondia ou acontecia algum imprevisto com ela, e ela remarcava. Sempre mandava mensagem e ela não respondia sobre devolver os valores que eu havia pago ou até mesmo os materiais”, contou.
Além do dinheiro já investido nos procedimentos capilares, a cliente conta que chegou a enviar ajuda financeira para a trancista. “Ela me pediu um dinheiro emprestado também, pois falou para mim que estava passando necessidades”, disse. Com isso, o valor total transferido para a profissional foi de R$ 3.290.
Após isso, a cliente começou a cobrar o dinheiro que pagou para fazer as tranças e que emprestou para ajudá-la financeiramente. Mas as desculpas eram diversas, como problemas com o aplicativo do banco. A situação se estende desde janeiro deste ano, e o estorno nunca foi feito.
“Ela me falou antes que iria me mandar o dinheiro porque agora final do ano ela iria viajar. Acho que é bem provável ela não estar mais aqui na cidade”, relatou.
Após oito tentativas, cliente desistiu de atendimento
Outra cliente conta que a trancista entrou em contato para convidá-la a ser modelo de seu trabalho. Com isso, precisaria pagar apenas o valor do material investido, um total de R$ 250. Após fazer o pagamento, começaram as tentativas de marca um horário, mas nunca era possível.
“Toda vez que chegava o dia, ela tinha uma desculpa diferente: ela estava na UPA, ela recebeu alguém e não dava para ir, e assim foi umas oito vezes. Eu estava com a minha bebê bem pequenininha, e para marcar o dia para eu fazer as tranças, eu tinha que combinar com o pai da minha filha”, explica.
Com tantas desculpas por parte da cabeleireira, o mais viável foi desistir do atendimento e tentar reaver o dinheiro de volta. Mas o que já parecia algo moroso, se tornou ainda mais, pois as desculpas agora eram sobre a devolução do dinheiro.
“Ficou insustentável e eu falei ‘olha não quero mais, eu quero o dinheiro de volta’. Mas eu entrava em contato e ela não pagava. Foi bem chato e complicado, até que desisti de receber o dinheiro”, disse.
Entenda o caso
Clientes de uma trancista de Campo Grande a acusam de aplicar golpes, após enviarem um ‘sinal’ de pagamento. Conforme os relatos enviados ao Jornal Midiamax, a profissional estaria pedindo uma parte do pagamento antecipado, mas não entregando os serviços contratados.
Uma cliente que preferiu não ser identificada conta que a trancista teria feito uma promoção de fim de ano para colocar as tranças. O valor total seria de R$ 270 e o pagamento antecipado foi de R$ 165. Contudo, após marcarem o dia do procedimento, a profissional teria sumido.
“A trança seria R$ 270, porém ela cobrava uma taxa, pois se locomovia com Uber. Paguei um sinal R$ 165, no total. Marcamos um horário e ela sumiu. Mas, fui até a casa dela, e ela me disse que devolveria o valor”, conta a vítima.
Os problemas, entretanto, não param por aí. Como pedido de desculpas, a profissional teria convidado a vítima para ser modelo de suas tranças. Assim, a trancista chegou a devolver uma parte do valor para a cliente, e realizou o serviço, que não durou muito.
“Me devolveu R$ 100 e fez uma trança que no dia seguinte já havia saído tudo. E o restante do valor todo dia uma desculpa diferente”, relatou.
A vítima tentou um último contato com a profissional. Sem sucesso, tentou registar um boletim de ocorrência online, mas foi informada de que precisaria ir pessoalmente até a delegacia.
A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a profissional para um posicionamento sobre as acusações. Contudo, até o fechamento da matéria não obteve respostas. O canal, entretanto, continua aberto para diálogo.
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