Centro de reciclagem vira ‘depósito de lixo’ e acumula reclamações na Semadur

Denúncias foram registradas há mais de um ano e não houve solução

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Vizinhança reclama de mau cheiro, insetos e até cobras que saem do centro de reciclagem (Foto: Leitor Midiamax)

Centro de reciclagem localizado no Jardim Caiobá, em Campo Grande, está gerando dor de cabeça para a vizinhança. As reclamações na Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) vão desde lixo e mau cheiro ao aparecimento de insetos e cobras, que os vizinhos garantem saírem do local onde há um pilha de materiais recicláveis.

No espaço a céu aberto, cercado por grades, é possível encontrar geladeiras velhas, móveis velhos, canos diversos, ferros, engradados de bebidas e botijões de gás de ar-condicionado, em meio a uma infinidade de outros materiais que podem ser reciclados.

Segundo moradores da região, os materiais encontrados no local – que funciona como centro de reciclagem – proporcionam a proliferação de mosquitos, escorpiões, baratas e ratos. A vizinhança relata até mesmo serpentes, que já teriam sido vistas por lá.

Materiais diversos em centro de reciclagem (Foto: Leitor Midiamax)

A situação desagrada e preocupa quem vive por perto. “Isso virou um lixão. Quando chove, vem um mau cheiro porque tem muita sujeira, muito lixo ali e fica podre. Nós que somos vizinhos sempre encontramos escorpiões em nossas casas. Por aqui já apareceu até cobra que saiu de lá”, relata uma moradora.

Outra preocupação da vizinhança é sobre andarilhos que circulam pelo centro de reciclagem. “Tem muito andarilho por aqui, acho que por conta desses materiais recicláveis. Acho que eles ficam por ali para vender o que encontram. Isso constrange outros comerciantes da região”, observa uma moradora.

Conforme as informações, a situação foi relatada para a Semadur, mas não houve nenhuma providência. O caso também foi levado para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, que nesta semana concedeu mais um prazo para manifestação do Município, porém, as primeiras reclamações foram registradas em março de 2023.

“Já denunciamos, mas ninguém faz nada. O Ministério Público do Estado deu mais um prazo para a Semadur, mas as reclamações têm mais de um ano. Tem reclamação que foi feita na Prefeitura há mais de um ano”, lamenta.

O que diz a Semadur?

Procurada pelo Jornal Midiamax, a Semadur disse que a empresa possui cadastro na Prefeitura, porém, não tem alvará de funcionamento para o exercício corrente e foi autuada.

A pasta também afirma que a empresa possui processo em trâmite junto a Gerência de Fiscalização e Licenciamento Ambiental e que esteve no local, realizou vistoria e notificou a empresa por operar atividade sem licença ambiental.

De acordo com a Semadur, o estabelecimento protocolou processo requerendo a Licença Ambiental, que está em tramitação. Já a licença sanitária está válida até maio de 2025.

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