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Cotidiano

Censo IBGE 2022: Lares liderados por mulheres em MS crescem para 46,9% em 12 anos

Na última pesquisa do Censo Demográfico o número era de 36,3%
Karina Campos -
Pesquisa do IBGE (Marcos Ermínio, Jornal Midiamax)

O (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (25) novos levantamentos do Censo Demográfico 2022. O levantamento indica que o número de lares liderados por mulheres em cresceu para 46,9% em 12 anos.

Na última pesquisa, o Estado tinha 36,3% de unidades domésticas responsáveis por pessoas do feminino. Entre as 26 federações, Mato Grosso do Sul ocupa a 20ª posição entre as regiões de maior crescimento nos últimos 12 anos.

Em 10 estados, o percentual de mulheres responsáveis pela unidade doméstica foi maior que 50%: Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%), Maranhão (53,0%), Amapá (52,9%), Ceará (52,6%), (52,3%), Alagoas e Paraíba (51,7%), Bahia (51,0%) e Piauí (50,4%).

Redução de filhos por casal

No cenário nacional, entre 2010 e 2022, a proporção de lares com pessoa responsável, cônjuge e filho de ambos recuou de 41,3% para 30,7%, enquanto a proporção de casais sem filhos subiu de 16,1% em 2010 para 20,2% em 2022.

Já a proporção de domicílios formados por casais com pelo menos um filho somente do responsável ou do cônjuge passaram de 8,0% para 7,2%. “Apesar da redução, o peso dessas unidades domésticas no total de arranjos com filhos aumentou”, observa o gerente de Estimativas e Projeções de População do IBGE, Márcio Mitsuo Minamiguchi.

Já os domicílios monoparentais — ou seja, com responsável sem cônjuge com filhos – variaram pouco entre 2010 e 2022 (de 16,3% para 16,5%). Outros tipos de composição reuniram 25,5% das unidades domésticas, sendo 18,9% referente a domicílios unipessoais (que em 2010 representavam 12,2%), e unidades domésticas com mais de um morador, sem cônjuge, filho ou enteado que apresentou pouca alteração (de 6,6% em 2022, e 6,1% em 2010).

Distribuição por lar

Cerca de 57,5% dos domicílios eram formados por responsável e cônjuge de sexo diferente, 41,9% eram domicílios sem cônjuge e 0,54% tinham responsável e cônjuge do mesmo sexo em 2022.

Regionalmente, as maiores proporções de domicílios com pessoa responsável e cônjuge do mesmo sexo foram no Distrito Federal (0,76%), Rio de Janeiro (0,73%) e (0,67%). Já os estados com os menores percentuais foram Piauí (0,25%), Maranhão (0,30%) e Tocantins (0,31%).

A maioria das pessoas responsáveis pelas unidades domésticas tinha acima de 40 anos, sendo 67,3%. Houve um ligeiro aumento em comparação a 2010, quando 62,4% dos responsáveis estavam nessa faixa etária. A maior parte, em 2022, estava na faixa de 40 a 59 anos (40,1%), seguida tanto por pessoas entre 25 e 39 anos (27,2%) quanto com pessoas com 60 anos ou mais de idade (27,2%). Observou-se ainda que 5,2% dos responsáveis tinham entre 18 e 24 anos e, 0,4%, até 17 anos.

Pardos ultrapassam brancos como responsáveis pelas unidades domésticas

Pela primeira vez, o número de responsáveis por lar pardos ultrapassam brancos, sendo 43,8%. Em 2010, esses percentuais eram de 40,0% e 49,4%, respectivamente.

A proporção de pessoas pretas subiu de 9,0% para 11,7% e a de indígenas variou de 0,4%para 0,5%. Por outro lado, a proporção de pessoas amarelas responsáveis pelas unidades caiu de 1,2% em 2010 para 0,5% em 2022.

Ainda segundo o IBGE, cerca de 202 milhões de pessoas viviam nos 72 milhões de domicílios particulares do país, resultando numa média de 2,8 moradores por unidade doméstica. Em 2000, a média era 3,7 pessoas e em 2010 era 3,3. Cerca de 72,3% das unidades domésticas têm até 3 moradores e 28,7% têm 2 moradores em 2022.

Do total de moradores, 35,9% eram as pessoas responsáveis pela unidade, 20,6% eram cônjuges ou companheiro(a) de sexo diferente, 19,2% eram filhos do responsável e do cônjuge e 11,6% eram filhos somente do responsável.

Número de óbitos é maior em homens entre 15 e 34 anos

Entre agosto de 2021 e julho de 2022, 12 meses antes da data de referência do Censo Demográfico 2022, foram contabilizados no Brasil 1.326.138 óbitos, sendo 722.225 óbitos (54,5%) para o sexo masculino e 603.913 (45,5%) para o feminino.

A maior participação de óbitos masculinos, calculado pela razão de sexo dos óbitos (óbitos de homens divididos pelos de mulheres), encontra-se no grupo de 20 a 24 anos, indicando, aproximadamente, 371 óbitos masculinos para cada 100 femininos, ou seja, uma sobremortalidade masculina de aproximadamente 3,7 vezes.

A sobremortalidade masculina só é revertida nos grupos de idade mais avançados, a partir dos 80 anos, onde a participação de óbitos femininos supera os masculinos.

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