Baixa umidade e tempo seco reforçam cuidados essenciais com os pets durante calor intenso

O calor extremo não exige maiores cuidados apenas para a saúde dos humanos, mas também para os pets. Deixar os bichanos em sombras, mudar o horário de passeio e oferecer alimentos geladinhos são algumas maneiras de diminuir os efeitos do calorão naqueles que, por contra própria, não conseguem se proteger.

Na Personal Pets CG, creche que oferece cuidados personalizados para pets em Campo Grande, por exemplo, a rotina de atividades dos animais que se hospedam ou passam o dia no local muda completamente sempre que uma nova onda de calor chega à cidade.

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Uma das atividades favoritas – principalmente dos goldens – é a piscininha de gelo. Quando recebem autorização das “profes”, todos correm para onde está a mangueira ligada e as pedrinhas de gelo, disponibilizadas todos os dias. O refresco traz ainda mais energia para as brincadeiras com bolinhas, liberadas simultaneamente.

“Além das brincadeiras com água na piscininha e mangueira, na varanda incentivamos a ingestão de água através de frutas nas vasilhas”, explica Ana. Picolés de frutas também são oferecidos ao longo do dia.

Horário de descanso

Na hora do descanso os cuidados não mudam. Quando os cães vão para a varanda dormir, Ana explica que ventiladores e umidificadores são ligados para garantir uma soneca tranquila. A temperatura e a umidade relativa do ar ainda são monitoradas por meio de um termo-higrômetro, que também fica na varanda.

“A atenção é redobrada com os cães de focinho curto, os braquicefálicos, como buldogues e pugs, que têm mais dificuldade de fazer a troca de calor através da respiração. O horário de retorno dos cães ao pátio na hora da saída também é alterado para mais tarde, e antes de liberarmos o pátio, molhamos todo o piso para amenizar o calor”, explica. Durante a noite, todos os cães hospedados no hotel ficam em quartos climatizados.

Cuidados com o pet no calor

Conforme Priscila Caroline, médica veterinária, é crucial que o animal tenha dois ou mais potes de água espalhados pela casa. Frutas como melancia, maçã e banana são ótimas aliadas da dieta dos cães. No entanto, é importante retirar a semente porque ela é tóxica para o animal.

Uma ótima adaptação na rotina do pet é oferecer as refeições em horários mais frescos, antes das 8h e após 19h. Isso porque o processo digestivo do animal é diferente e o calor pode ocasionar complicações graves para a saúde.

Já durante o passeio, nada de tirar o cãozinho de casa em horários de sol intenso. Se a exposição às altas temperaturas não são indicadas para os humanos, não é para os animais que essa prática valerá. Por isso, evite passeios longos, faça apenas a caminhada necessária para o pet aliviar o estresse e fazer as necessidades fisiológicas, tudo isso antes das 7h ou após às 19h.

“Para ter certeza que a calçada ou o asfalto é seguro, retire seus sapatos e fique descalço onde seu ‘dog’ irá caminhar, assim você terá a certeza que ele não queimará as patinhas”, afirma.

Quais raças exigem mais cuidados?

Conforme a especialista, os animais filhotes, idosos e obesos exigem uma atenção redobrada nos períodos de calor, já que não regulam a temperatura corporal como os outros. “Animais braquicefálicos como pug, buldogues e shih tzu possuem dificuldade para respirar, então é importante evitar passeios e esforço físico. Pense nos animais sempre como um recém-nascido. Todos os cuidados são redobrados!”, explica.

Priscila pontua também que não é necessário aumentar a quantidade de banhos, já que o shampoo retira toda a proteção da pele do animal. “Eles regulam a temperatura através da língua; por isso, ficam com língua de fora. O aumento nos banhos pode desenvolver problemas de pele, como alergias e dermatites”.

“O mesmo vale para a tosa, que ao invés de ajudar, prejudica o animal. Os animais têm pelos por um motivo, é a proteção. Alguns são mais peludos que outros, porém o pelo de cada espécie tem uma função”, acrescenta.

Para garantir a segurança do animal, é preciso reparar nos sinais que ele dá. A depender, quadros de hipertermia, por exemplo, podem ser percebidos e cuidados com rapidez. “O animal, quando está com sinais de superexposição ao sol, vai apresentar respiração acelerada, boca aberta, e língua para fora. Nesse caso ele está trocando calor, tentando regular a temperatura do corpo. Provavelmente vai babar excessivamente”, conta.

Cuidados com os gatos

Os gatos também carecem de cuidados redobrados neste período de extremo calor. Uma das maiores dificuldades dos tutores é a baixa ingestão de água dos felinos. Para que o bichano não se desidrate ou desenvolva doenças renais, eles precisam de estímulos, como fontes e bebedouros. Fornecer potes de água em diferentes lugares também pode ser uma opção.

Já em relação ao sono, gatos dormem em média 15 horas, por isso não sofrem tanto com o calor como os cães. Os felinos tendem a escolher bem os lugares para dormir. Ainda assim, é importante providenciar cantinhos mais climatizados, sempre na sombra.

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