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Cotidiano

Audiência pública discute impactos dos agrotóxicos em Mato Grosso do Sul

Pesquisadores, representantes da saúde e outras categorias discutiram sobre os efeitos nocivos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente
Valesca Consolaro -
Audiência Pública - Foto: Nathalia Alcântara/Midiamax

Em audiência pública com o tema “ Livre de Agrotóxicos”, realizada nesta sexta-feira (21), na Câmara Municipal, pesquisadores e representantes da saúde discutiram sobre os efeitos nocivos dos agrotóxicos à saúde e ao meio ambiente.

Entre os presentes, esteve a professora Alexandra Penedo de Pinho, da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Ela é responsável pelo projeto “Impactos dos agrotóxicos em comunidades de povos tradicionais em Mato Grosso do Sul – direitos à saúde ambiental e humana”.

Segundo a pesquisadora, o Estado já enfrenta efeitos negativos em razão do uso excessivo de agrotóxicos. Ela apresentou os resultados de estudos mais recentes e ressaltou a importância de se realizar mais análises nessa área, pois ainda é algo pouco discutido no âmbito político, sendo necessário criar um laboratório estadual para coletar e consolidar dados oficiais sobre os efeitos do agrotóxicos.

Conforme alguns dos estudos mais recentes desenvolvidos na área, já é possível constatar uma concentração de agrotóxicos acima do considerado aceitável em águas de rios e de abastecimento no Estado.

O superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, Dr. Ronaldo Costa, destacou que os efeitos do causados pelos agrotóxicos já são percebidos no atendimento clínico.

“A gente já sabe dos riscos que os venenos causam nas pessoas, são diversas substâncias que provocam diversos tipos de patologias como câncer, leucemia, transtornos depressivos, ansiedade, suicídio, disfunções endócrinas e outras”, explicou.

Já a vereadora Luíza Ribeiro lembrou que o assunto está em discussão com a comunidade há cerca de um ano.

“Nós verificamos que a gente precisa, ao invés de aplaudir o uso do agrotóxico, estimular o uso de defensivos e tal, mas de outra natureza, que não sejam agressivos ao meio ambiente e nem agressivos à saúde das pessoas”, destacou.

O evento também contou com a presença de representantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, além de gestoras do município de Campo Grande, pesquisadores e ambientalistas.

Audiência

A audiência é uma proposição é da vereadora Luiza Ribeiro, presidente da Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos.

O principal objetivo foi debater o Projeto de Lei Complementar nº 928/2024, de autoria da vereadora, que está em tramitação. O projeto visa instituir e definir como Zona Livre de Agrotóxicos as produções agrícola, pecuária e extrativista, além das práticas de manejo dos recursos naturais no município de Campo Grande.

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento revelam que o agronegócio brasileiro é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Entre 2010 e 2015, foram registrados 815 novos agrotóxicos e entre 2016 e 2020 esse número mais que dobrou, chegando a 2.009 produtos liberados.

O Sindage (Sindicato Nacional para Produtos de Defesa Agrícola) indica que cada brasileiro consome o equivalente a 5,2 litros de agrotóxicos por ano, posicionando o como o maior consumidor do planeta.

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