A quantidade de denúncias por supostas irregularidades trabalhistas em Mato Grosso do Sul praticadas por empregadores ou gestores públicos cresceu 33%, saindo de 1.246 em 2022 para 1.849 registros em 2023. 

O balanço foi realizado pelo MPT-MS (Ministério Público do em Mato Grosso do Sul) e divulgado nesta quinta-feira (1º). 

Das 1.849 notícias de eventuais ilícitos trabalhistas do ano passado, foram instaurados 397 inquéritos civis para coletar informações sobre as possíveis irregularidades. 

A maioria dos casos denunciados é sobre temas gerais, que envolvem atraso ou não pagamento de salários, de horas extras e de verbas rescisórias, não recolhimento previdenciário e do (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), ausência de registro do contrato em carteira de trabalho, entre outros temas.

Denúncias sobre o ambiente de trabalho ficaram em segundo lugar no número de denúncias, com 529 registros. O tema envolve suposta inobservância de normas de saúde e segurança do trabalho, uma das principais causas de acidentes laborais e doenças ocupacionais.

Eventuais desrespeitos à igualdade de oportunidades, violência, assédio e discriminação nas relações de trabalho vieram em seguida, com 286 denúncias. 

Os sul-mato-grossenses também fizeram denúncias sobre trabalho análogo ao de escravo, proteção da criança e do adolescente, fraudes trabalhistas, liberdade sindical e trabalho na administração pública.

O MPT-MS firmou 59 TACs (Termos de Ajustamento de Conduta) e ajuizou 133 ações na justiça especializada para cobrar a responsabilização dos autores das irregularidades. 

Como denunciar?

Os interessados podem formalizar denúncias sobre as irregularidades trabalhistas no site do MPT ou pelo aplicativo MPT Pardal. 

O cidadão também pode registrar a denúncia presencialmente. Mato Grosso do Sul conta com três unidades do Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul, em , e Três Lagoas. A denúncia pode ser anônima ou sigilosa.

(Foto de capa: divulgação Agência Brasil)