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Cotidiano

Após prisão de ‘stalker’, crime que inspirou série vira assunto e tem 407 ocorrências em Mato Grosso do Sul

Assunto voltou à tona após sucesso de série e caso de médico mineiro perseguido por ex-paciente
Liana Feitosa -
Stalking (Ilustrativa - Banco de imagens Frrepik).

“Stalking”, ou perseguição, não é coisa de cinema. Mato Grosso do Sul registrou 407 ocorrências do crime de perseguição entre 1º de janeiro e 27 de maio deste ano, de acordo com a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). 

Ainda de acordo com a Sejusp, no ano em que esse tipo de ocorrência se tornou crime, 2021, foram registrados 1.053 casos entre abril e dezembro no Estado. No ano seguinte, 2022, foram 1.588 casos e, no ano passado, 1.452 ocorrências. 

Perseguição virou crime em abril de 2021, quando foi sancionada uma lei que incluiu essa ação no Código Penal. Agora, em 2024, o assunto voltou a ganhar repercussão após duas situações: o caso de um médico mineiro que acusa uma mulher de persegui-lo desde 2019; e o sucesso da série “Bebê Rena”, exibida em rede de streaming mundial.

Inclusive, o tema não foi inspiração apenas para essa série. No mesmo streaming, a série “You” também tem um personagem stalker cuja obsessão o leva a diversos assassinatos.  

Série de ficção baseada em eventos reais

Na rede de streaming, a série “Bebê Rena” conta a vida de Donny, um bartender que sofre uma reviravolta na vida depois que ele conhece Martha, uma jovem de jeito vulnerável que entra no bar sem dinheiro para pagar um chá. Ele dá atenção à moça e oferece a bebida de graça. 

A partir dessa conversa, Martha desenvolve uma obsessão por Donny e passa a aparecer no trabalho dele todos os dias. Em pouco tempo ele descobre que a jovem é uma stalker condenada por perseguir várias pessoas.

Caso real 

Aqui no Brasil, uma mulher de 23 anos foi presa acusada de perseguir um médico de quem ela foi paciente em 2019. No início deste mês a Polícia Civil afirmou que Kawara Welch, uma estudante de Nutrição de Uberlândia, Minas Gerais, é investigada em um inquérito pelo crime de ‘stalking’. Ela era considerada foragida desde março de 2023.

De acordo com a investigação, ela começou a perseguir o homem após ser atendida por ele e desenvolver uma espécie de amor obsessivo pelo médico. A defesa de Kawara afirma que houve envolvimento amoroso entre a acusada e o médico, algo que o médico nega. O delegado do caso afirmou não acreditar que o relacionamento existiu.

Definição do crime

Para a procuradora de Justiça Ana Lara Camargo de Castro, a lei é fundamental para dar credibilidade a relatos sobre o assunto. 

“A chegada da legislação trouxe uma tipologia para definir o que é o crime de stalking no Brasil e permitiu que as vítimas conseguissem registrar ocorrências e que o Ministério Público pudesse manejar as ações penais, relativas às condutas de perseguição”, afirmou a procuradora ao Midiamax um ano após a criação da lei. 

“E, nesse sentido, (a lei) facilitou o entendimento quanto à gravidade desse tipo de prática, eis que antes da edição da lei, em muitos casos, as vítimas não eram acreditadas, levadas a sério e os episódios eram percebidos sem os contornos das nocivas violências psicológica, moral e patrimonial que usualmente representam”, completou. 

Perfis de stalkers

  • Rejeitado – com o “orgulho ferido”, busca assediar a vítima em um contexto de violência doméstica e familiar.
  • Conquistador – pensa que deveria ser desejado e, como não é, busca o assédio para um encontro sexual, por exemplo.
  • Carente – busca intimidade, se coloca como alguém sozinho e acredita estar sendo correspondido.
  • Rancoroso – gosta da sensação de controle que tem sobre a vítima; provoca desconforto e medo.
  • Predatório – gosta de se preparar para o “ataque” e tem prazer na observação; caso pode evoluir para estupro.

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