Após sofrer um princípio de infarto, o presidente afastado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) Francisco Cezário, de 77 anos, passou por cateterismo e está em observação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Hospital da Cassems.

A informação foi repassada pelo advogado de defesa de Cezário, André Borges. O procedimento ao qual Cezário foi submetido serve para desobstruir artérias, por meio de introdução de um tudo flexível, o cateter.

Desta forma, Cezário não poderá acompanhar o velório da irmã, Maria Roza de Oliveira, que está sendo velada nesta quinta-feira (6), em Campo Grande. O mandatário afastado do futebol sul-mato-grossense está preso há 15 dias acusado de chefiar grupo que teria desviado mais de R$ 6 milhões da entidade.

Quando já estava internado, Cezário conseguiu conseguiu na Justiça liminar para deixar a prisão e ser monitorado por tornozeleira eletrônica. A decisão liminar é da desembargadora Elizabete Anache, da 1ª Câmara Criminal.

Conforme a decisão, Cezário também está proibido de ter contato com os demais acusados e testemunhas, de deixar a comarca de Campo Grande por mais de oito dias sem anuência da Justiça, de mudança de endereço sem comunicar em juízo, de comparecer à sede da FFMS e suspensão de exercer qualquer função na entidade.

Cezário teve dois pedidos de liberdade negados

A Justiça negou, pela segunda vez, o pedido de liberdade do presidente afastado da FFMS. Ele foi preso no último dia 21 de maio, durante a Operação Cartão Vermelho. Outras seis pessoas são acusadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) organização que desviou mais de R$ 6 milhões da FFMS entre 2018 e fevereiro de 2023. Os recursos eram provenientes de repasses do Governo do Estado e da CBF (Confederação de Futebol). Grupo de Cezário desviou mais de R$ 6 milhões.

Conforme informações do Gaeco, o grupo liderado por Francisco Cezário realizava pequenos saques de até R$ 5 mil para não chamar atenção dos órgãos de controle. De setembro de 2018 a fevereiro de 2023, foram identificados desvios que superaram os R$ 6 milhões.