Deflagrada no dia 18 de março, a greve dos servidores administrativos da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) terá um novo desfecho na próxima quinta-feira (13) quando será realizada uma assembleia convocada pelo Sintef (Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais).

Segundo informações do CLG (Comando Local de Greve) à reportagem do Jornal Midiamax, as propostas apresentadas durante a mesa de negociação entre os representantes da categoria e o ministério da Gestão e Inovação, do Governo Federal devem ser analisadas pelas bases de cada instituição.

“Por ora, houve pouco avanço em relação à proposta apresentada pelo governo no dia 21/05. O reajuste proposto segue apenas para 2025, com 9%, e para 2026, com 5%. Houve um aumento no step de 3,9% para 4%, que é o percentual adicional a cada progressão da carreira”, explica a Assessoria de Comunicação do CLG.

Segundo uma avaliação do movimento grevista, o avanço que a categoria reconhece como resultado da mobilização e da greve é que, pela primeira vez, o Governo incluiu na proposta o RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências) para servidores técnico-administrativos em educação.

“O que continua sendo um ponto crítico é que a proposta de reajuste salarial ainda está longe do necessário para corrigir as perdas inflacionárias acumuladas, que passam de 30%. A principal reclamação da categoria é o governo não oferecer nenhum reajuste em 2024, ou seja, reajuste zero”, pontua o CLG.

No entendimento do Sintef, isso prejudica sobretudo os aposentados, que ficarão sem nenhum aumento de proventos, “visto que houve, neste ano, o aumento dos auxílios alimentação e transporte, e os aposentados não têm acesso a eles”. Enquanto isso, os servidores da UFGD fazem manifestações pontuais.