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Cotidiano

Você sabe o que é bruxismo? Doença pode causar dores de cabeça e mandíbula, mas há tratamento

Hábito de ranger os dentes acomete cerca de 40% dos brasileiros
Monique Faria -
(Reprodução, Freepik)

Dores na mandíbula, dentes desgastados e muita dor de cabeça. Esses são os sintomas mais comuns de uma doença silenciosa que ocasiona o ranger dos dentes, principalmente durante o sono. Um problema que afeta milhões de pessoas, mas que, mesmo assim, não recebe a atenção devida.

De acordo com a OMS, cerca de 30% da população mundial sofre de bruxismo, e 40% dos brasileiros possuem a condição. Não se sabe ao certo o motivo, mas o bruxismo acomete cerca de 15% das crianças. Na maioria dos casos, o bruxismo está ligado a fatores psicológicos como estresse, ansiedade e tensões do dia a dia.

Em casos extremos, pode ocasionar até problemas ósseos, na gengiva e na articulação da mandíbula. O diagnóstico depende do problema ser identificado por uma segunda pessoa, que durma com o paciente, por exemplo. Após passar por uma avaliação clínica, o paciente é encaminhado para um exame de polissonografia, que consegue identificar o problema.

Dores e dor de cabeça

universitário, Victor Hugo, de 20 anos, descobriu o bruxismo agudo aos 15. Já em tratamento dentário, o estudante começou a reclamar de dores na mandíbula no café da manhã, e muitas dores de cabeça. De início, não desconfiou que poderia ser bruxismo, mas sim, uma sensibilidade em relação ao tratamento ortodôntico.

A mãe de Victor Hugo passou a notar o barulho do ranger de dentes, quando passava pelo corredor de seu quarto, durante a noite. Em consulta com o seu ortodontista, contou que sentia fadigas musculares, indisposição e cefaleia. Somados aos relatos da mãe, o profissional chegou à conclusão de que os sintomas eram acarretados por condições de ordem psicossomática.

Victor Hugo fez tratamento de bruxismo aos 15 anos. (Reprodução, arquivo pessoal)

“O bruxismo é uma doença que no começo é bem discreta, e que tem diversos gatilhos clínicos e somáticos – na psique, rotina e outras coisas – e que podem se disfarçar com sintomas de algumas coisas corriqueiras do dia-a-dia. No meu caso eu percebi por mim mesmo e com ajuda da minha família”, afirma o estudante.

O tratamento do bruxismo de Victor Hugo coincidiu com a fase do tratamento ortodôntico que exigia o uso de um aparelho com base em formato de uma placa. O aparelho serviu, então, tanto para o bruxismo, como para dar continuidade ao tratamento de ortodontia.

“Eu usava o aparelho 24 horas e não tirava para dormir, então acabou servindo como meu estabilizador. Eu usei por uns bons meses. O suficiente para meu bruxismo sumir do nada. Minha mãe começou a acompanhar todas as noites, até que, gradualmente, foi diminuindo com os dias, até acabar”, explica.

Quais os gatilhos para o Bruxismo?

De acordo com o dentista, Luiz Augusto, alguns hábitos podem levar o paciente a desenvolver o Bruxismo, como falta de sono, abuso de bebidas cafeinadas, falta de exercício físico e alimentação precária.

“O bruxismo está relacionado ao hábito que o paciente tem de apertar ou ranger os dentes. O paciente, normalmente, tem o hábito de aliviar as tensões, quando está concentrado ou passando por algum estresse, apertando os dentes”, explica.

O dentista Luiz Augusto. (Kísie Ainoã, Midiamax)

Os tratamentos disponíveis, atualmente, são o uso da placa de bruxismo, que evita o desgaste dentário, e a terapia cognitiva comportamental, que permite ao paciente entender sua ansiedade e controlá-la sem precisar descarregar na mordida.

“A placa de bruxismo é o tratamento que temos hoje em dia. Ela tem a função principal de aliviar os desgastes dentários, prevenir trincas nos dentes e também de proteger a ATM, nossa articulação”, afirma o dentista.

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