A lotação de unidades de saúde em Campo Grande não é novidade, mas tem se intensificado nas últimas semanas devido a “surto” de doenças em crianças e consequentemente em adultos. Nesta terça-feira (21), a UPA Universitário teve mães, pais e crianças esperando por atendimento em pé e sentados no chão.

Leitores do Jornal Midiamax enviaram imagens e relataram a situação da unidade, em mais um dia de caos na saúde pública municipal. Nas imagens é possível ver muitas pessoas aguardando por atendimento em pé ou sentadas no chão, incluindo crianças.

“A pediatria da unidade está super lotada de pessoas com suas crianças sentadas no chão e com espera superior há 3 horas. São poucos médicos trabalhando no limite de sua capacidade, já teve até a invasão de um dos consultórios por uma mãe desesperada”, disse leitor.

Apesar de em casos de pacientes com menor gravidade, classificados como azul e verde, o tempo para atendimento ser de até 4h, como informa a prefeitura, leitores afirmam que esse tempo de espera é mínimo e diário por lá.

“Isso tem sido a média de todos aqui. A pediatria esta super lotada e fora que quando precisa fazer medicação venosa aí tem que esperar mais um monte porque não tem vaga nos leitos”, destaca ainda o leitor.

Prefeitura diz que casos graves são priorizados

Em nota, a prefeitura de Campo Grande explica que o atendimento nas unidades de urgência e emergência, ou seja, nas UPAs e CRSs, se dá por classificação de risco e não por ordem de chegada. Desta forma, pacientes com maior gravidade são priorizados em detrimento dos demais. Em casos de pacientes com menor gravidade, classificados como azul e verde, o tempo para atendimento é de até 4h.

“Cabe esclarecer ainda que as unidades de urgência e emergência concentram pacientes nas enfermarias que ficam em observação e aguardam transferência hospitalar e que precisam ser assistidos de maneira periódica pelos profissionais. Sendo assim, o atendimento é alternado internamente e externamente”.  

Cabe ressaltar ainda que 60% dos casos atendidos nas urgências são classificados como azul e verde e poderiam ser atendidos nas unidades da Atenção Primária. Desta forma, também há orientação para que a população procure a unidade de urgência apenas em casos mais graves e busque a unidade básica quando for uma necessidade de menor gravidade, evitando assim longas esperas, considerando que os casos mais graves são priorizados, conforme mencionado.

Nas últimas semanas, houve aumento de pelo menos 20% na procura por atendimento nas unidades, o que acaba sobrecarregando também o atendimento. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) tem reforçado o quadro clínico das unidades com a convocação de novos profissionais aprovados em concurso e em processo simplificado, bem como complementado as escalas em casos de faltas pontuais com o envio de equipes de apoio. 

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