Recentemente, imagens de um canil em uma propriedade rural do Pantanal de Mato Grosso viralizaram em grupos de WhatsApp por colocar à venda cerca de 400 cães de raça especializados em caça, inclusive com revendedores em Mato Grosso do Sul. A situação eleva a questão de maus-tratos e venda de animais para caçar em regiões do Estado. Portanto, interessados na compra de animais com pedigree devem ficar atentos à regularização do canil.

Nas imagens, cerca de 400 cães da raça coonhound, conhecidos por andar em matilha e ter bom comportamento, estão à venda. Segundo fonte ouvida pelo Jornal Midiamax, no município de Cáceres, custam em média de R$ 15 a 20 mil um adulto.

“Por si só, esse fato isolado, não é considerado crime de maus-tratos, vai depender de fatores e condições sanitárias do local, em como esses animais são tratados e mantidos, a alimentação, cuidado veterinário. Depende da estrutura geral e bem-estar dos animais. A quantidade não é critério absoluto para aferir maus-tratos”, pontua o delegado da Decat (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista), Maércio Barbosa.

Conforme a IBC (International Breed Certificate), em tradução livre para certificado internacional de raça, todo o criador precisa ter um canil registrado para fazer os pedigrees de uma ninhada, pois isso caracteriza o pedigree de um filhote, o nome indica a descendência da linhagem.

O nome do canil permite identificar a origem do exemplar, é a marca do criador, e por isso na IBC o nome do cachorro não pode ser alterado, acompanha toda a vida do cachorro, bem como de todos seus descendentes.

“O nome do filhote está sempre vinculado ao nome do canil ao qual a matriz pertence, ou seja, necessariamente o proprietário do Canil deve ser o proprietário da matriz, quando do nascimento do filhote”, descreve a IBC.

Durante a compra, além da indicação, a visitação presencial no canil intensifica a seguridade na criação das raças, saúde e bem-estar da vida animal.