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Cotidiano

‘Treinamento de guerra’ em Campo Grande reúne caças e militares dos EUA e Alemanha

Exercício tem como objetivo treinar capacidades das Forças Armadas para situações de guerra
Monique Faria -
Treinamento acontece na Base Aérea de Campo Grande. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Nesta segunda-feira (21), a FAB (Força Aérea Brasileira) deu início à 6ª edição do treinamento Excon Tapion, na de Campo Grande, focado em treinar capacidades das para situações de guerra. O exercício conta com mais de 700 militares da FAB, Marinha do Brasil, Exército brasileiro e países parceiros.

A área escolhida para a realização da operação envolve as cidades a oeste de Campo Grande, como Bodoquena, Miranda, e . “São cidades que não só balizam o exercício, como oferecem um apoio logístico para que nós tenhamos sucesso no exercício”, afirma o Brigadeiro do Ar Eric Breviglieri.

De acordo com o Brigadeiro, Campo Grande reúne as melhores condições para que seja realizado este tipo de exercício. “É uma cidade que tem meios para acomodar todos os participantes, o terreno é propício, o clima é favorável, então é uma localidade que reúne os melhores meios para que a gente faça este tipo de exercício”, explica.

Cerca de 30 aeronaves estão inclusas no exercício, além de variados meios terrestres, como antenas de comunicação, hospital de campanha montado dentro da base para dar suporte, capacidade de abastecimento fora da unidade militar e barracas de coordenação.

O Excon Tápio tem como um dos principais objetivos treinar missões de resgate. A cada missão, uma situação nova é criada, simulando resgates a membros da equipe de militares.

“Além das questões que são utilizadas em situações reais de resgate do nosso dia-a-dia, em benefício da sociedade, nós estamos preparados, por exemplo, para uma participação em uma missão da ONU, onde lá existe esse tipo de situação, e nós estamos nos preparados para se um dia for desejado que a gente engaje em uma missão dessa”, afirma.

O Brigadeiro do Ar Eric Breviglieri. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Aeronaves usadas no treinamento

Neste ano, o exercício envolve caças A-29 Super Tucano e A1-M, helicópteros H-60 Black Hawk e H-36 Caracal, e o avião radar E-99. As missões abrangem reconhecimento aeroespacial, infiltração aérea, busca e salvamento de combate, NVG (óculos de visão noturna), apoio aéreo aproximado, lançamento de paraquedistas e cargas, e evacuação aeromédica.

A eronave A-29 Super Tucano é de fabricação brasileira, feita pela Embraer, utilizada para nave de escolta e para nave de apoio aéreo aproximado. A aeronave já foi vendida para mais de 16 forças aéreas diferentes do mundo, e existem mais de 260 aviões deste tipo. No exercício, o caça está sendo utilizado para dar suporte nos resgates, como por exemplo, em casos que algum tripulante que esteja em território hostil.

“Ela é multimissão, serve tanto para treinamento nosso, piloto da FAB de caça é treinado inicialmente na sua especialização operacional, neste avião, quanto para emprego operacional, em caso de necessidade de Força Aérea Brasileira”, afirma o Tenente Coronel, Augusto Ramalho.

O caça A-29 Super Tucano. (Henrique Arakaki, Midiamax)

A aeronave H-36 Caracal é usada em situações de grandes calamidades, no apoio à sociedade. Recentemente, foi empregada na operação Yanomami, transportando cestas básicas e equipamentos. A aeronave comporta 28 passageiros mais os tripulantes, e em caso de resgate, cerca de 11 macas. No exercício está sendo usada em simulações de resgate em combate, onde militares estariam necessitando serem socorridos.

“Esta aeronave é operada pela Força Aérea, pelo Exército e pela Marinha, devido à grande capacidade de carga, ela consegue transportar 28 passageiros mais a tripulação. Ela é uma das poucas aeronaves que realizam reabastecimento em voo, na América do Sul é a única aeronave que realiza”, explica o Tenente Coronel Teles.

O helicóptero H-60 Black Hawk foi comprado em 2006 pela FAB e desde então vem operando em resgates no Brasil inteiro, e em missões internacionais, que os militares contribuíram. Em situações de acidente aéreo ou de grande calamidades, a aeronave é empregada, como o caso do acidente da Gol, em 2006 e da Air France, em 2009.

“A FAB trabalha em conjunto com um avião de busca, que basicamente encontra a aeronave que se perdeu e esse helicóptero extrai e traz de volta para a segurança. Ele é configurado para prestar os primeiros socorros às vítimas no local, estabilizar as vítimas e aí sim entregar ao médico com o quadro já estabilizado. Isto em qualquer situação: no mar, na montanha, na floresta, em qualquer terreno”, explica o Tenente Coronel Michelson.

Participam do treinamento, na Base Aérea de Campo Grande, 30 aeronaves. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Militares internacionais comparecem ao treinamento

No Excon Tápio, militares de países parceiros são bem-vindos para receberem o treinamento. Neste ano, o exercício conta com a presença da Guarda Nacional de e de um oficial da Força Aérea Alemã.

De acordo com o Coronel da Guarda Nacional de Nova York, Jeff Cannet, uma das razões para virem até o Brasil e participar do exercício é treinar habilidades e construir uma relação de aprendizado mútuo com os militares brasileiros, que possa ser útil para salvar vidas no futuro.

“Algumas vezes nós precisamos trabalhar juntos, algumas vezes o Brasil precisa de ajuda, então treinar aqui agora, antes do que teremos que fazer de verdade é muito importante para nossas missões, em algum desastre, ou alguém desaparecido, ou tragédia no mar. Então, a gente vem até aqui e trabalhamos juntos e ajudamos a resgatar pessoas mais rápido”, afirma.

O Coronel da Guarda Nacional de NY, Jeff Cannet. (Henrique Arakaki, Midiamax)

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