O Idália chegou à Flórida, nesta semana, com ventos de mais de 200 km/h, causando estragos e até a morte de pessoas. A tempestade chegou ao estado norte-americano, na quarta-feira (30), na categoria 3. Posteriormente, o fenômeno perdeu força e chegou a categoria 2. 

A médica sul-mato-grossense Ellen Costa, que está nos EUA com a família desde o começo de agosto, compartilhou nas redes sociais como foi a semana com a notícia da chegada do furacão, que é um dos maiores das últimas décadas na região. 

“No domingo [27/8] nós fomos informados de que estava se formando uma tempestade tropical na região do Caribe e que provavelmente evoluiria para um furacão”, ela disse nos stories. 

Conforme o relato da médica, no dia seguinte foi emitido alerta de emergência na região em que ela está. Ainda na segunda-feira, a escola em que os dois filhos estudam foi fechada. Universidades e bibliotecas também fecharam as portas por dois dias.

“As orientações eram para se preparassem para o furacão. Como? Com comida, com água, pensando que às vezes pode acabar e você vai ficar sem condições de preparar comida, então tem que ter coisas fáceis e práticas”, ela disse. 

Outras orientações eram ter velas e lanternas para ajudar a enxergar o que está a frente e ter o carro abastecido, caso precisasse sair rapidamente do local. Ellen compartilhou nas redes sociais imagens de como os supermercados estavam lotados na terça-feira (29).

Médica compartilhou nas redes sociais fila em supermercado. (Arquivo Pessoal)

Em entrevista ao Midiamax, a médica conta que se mudou com o esposo e os dois filhos para os para fazer um intercâmbio de aprimoramento profissional. 

A família escolheu passar os três meses em um hotel devido a menor burocracia e por ser mais seguro para enfrentar furacões. Eles chegaram aos Estados Unidos no início de agosto e enfrentaram momentos tensos nesta semana. 

O local em que estavam hospedados ficou lotado, pois as pessoas procuraram abrigos seguros para enfrentar a tempestade. “Para a gente que é do Brasil e não está acostumado a passar por isso fica muito angustiado, é algo que foge totalmente do previsível. Quando o Centro Nacional de Furacões lança o alerta de tempestade, você não sabe absolutamente nada da evolução”, ela descreve. 

Ellen e a família estão em Gainesville. Inicialmente, a previsão era que a cidade fosse atingida com grande impacto. Contudo, a evolução do fenômeno levou a tempestade para a região norte da Flórida, o que diminuiu a força dos ventos na cidade. 

A médica descreve que para os americanos é comum esse tipo de fenômeno e que eles já encaram com mais tranquilidade. 

“É muito engraçado porque quando conversa com os locais para eles é muito comum. Eles falam que o primeiro furacão a gente nunca esquece, mas depois se acostuma”, ela conta. 

Céu de brigadeiro

Os momentos tensos em Gainesville dos últimos dias foram substituídos por um céu limpo e sem nuvens, nesta quinta-feira (31). 

Ellen descreve, aos risos, os contrastes das últimas 24 horas e a virada positiva no tempo na cidade. “Sabe aquelas coisas de filmes? Naquele dia o caos, aquele tempo preto, e no outro dia outro céu azul, de brigadeiro”, se alegra. 

A médica de Mato Grosso do Sul conta que o dia está quente e lindo na região, muito diferente dos dias anteriores. “Só que ainda a gente vê na TV os impactos do furacão em outras regiões”, ela pondera. 

Em vídeos enviados ao Midiamax, é possível ver como o céu está limpo nesta quinta-feira e como estava ontem.