Reunião entre professores e governo do Estado por reajuste termina sem acordo

A negociação teve início em fevereiro, e até o momento não houve acordos

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Foto: Kísie Ainoã/ Midiamax

A reunião entre a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e o governo do estado, realizada na tarde desta quarta-feira (3), para discutir reajustes na categoria, não avançou. A negociação teve início em fevereiro, e até o momento não houveram acordos.

De acordo com o presidente da Fetems, Jaime Teixeira, o governo está intransigente e vai manter o RGA (Reajuste Geral Anual). “Para nós não é regime geral aquilo, é um reajuste setorial, pois não contempla os professores efetivos e aposentados”, explica.

Outras pautas colocadas pelos servidores não foram avançadas. Devido ao saldo da reunião, uma Assembleia Geral da Fetems está marcada para a terça-feira da semana que vem, onde a categoria irá decidir qual posicionamento tomar. “Não quer negociar? Vamos tomar nossos lados”, afirma o presidente da Federação.

Segundo o presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), na sexta-feira, uma reunião do sindicato deve passar esse encaminhamento aos membros e decidir o posicionamento a ser levado para a assembleia da Fetems. “A categoria está insatisfeita e deve dar uma resposta mais enérgica para o governo”, afirma.

Revisão salarial

O Projeto de Lei 95/2023 fixava reposição salarial de 5,79%. Esse é o índice oficial da inflação de janeiro a dezembro de 2022, conforme o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice de 5% visa a recomposição da perda inflacionária. Na justificativa do projeto, o governador Eduardo Riedel (PSDB) frisa que esse índice de revisão salarial “não se estende aos servidores públicos estaduais ocupantes dos cargos de professor, especialista em educação, professor-leigo e professor do quadro suplementar, ativos e inativos com paridade, e a seus respectivos pensionistas”.

Segundo o deputado Junior Mochi (MDB), o piso nacional dos profissionais da educação é regido pela Lei Federal 11.738/2008, logo, a categoria terá projeto próprio de aumento salarial.

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