O extrato do convênio em que o Governo de Mato Grosso do Sul vai repassar R$ 35.124.775,76 à prefeitura de Campo Grande para zerar as filas de esperar de cirurgias foi publicado no Diogrande desta quinta-feira (3). Recursos fazem parte do “Programa Mais Saúde, Menos Fila” e montante inicial é de cerca de R$ 44 milhões com recursos do Estado e mais R$ 7 milhões do Governo Federal.

As partes do extrato de convênio são: Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), SES (Secretaria de Estado de Saúde) e Hospital Adventista de Campo Grande.

Publicação do documento ocorre três dias depois que entidades se reuniram para debater o projeto. A reunião do último dia 31 contou com a presença do Secretário Municipal de Saúde, Sandro Benites, além de representantes do Ministério da Saúde, do Hospital do Pênfigo, Santa Casa e São Julião.

Na ocasião, o município disse que pretende zerar completamente a filas de vários exames e cirurgias em um prazo de nove meses. A partir da publicação no Diário do Estado, os hospitais já podem começar a realizar uma ‘força-tarefa’.

Mais Saúde, Menos Fila

Na última reunião, foi discutido que os valores serão pagos as entidades conforme a produção de cada uma. A Santa Casa firmou que vai realizar 180 tomografias, 180 ressonâncias, 140 cateterismos, entre outros procedimentos. Ao todo, serão 534 cirurgias e 360 exames por mês.

O São Julião promete realizar 805 cirurgias mensalmente. Os procedimentos serão de oftalmologia, reparadoras e gerais. Já o Pênfigo deve realizar 400 cirurgias ortopédicas por mês.

Conforme a Sesau, pelo menos 956 pessoas estão no aguardo de realizar cateterismo. Com o projeto, em nove meses todas as pessoas devem realizar o procedimento. Para conseguir cumprir com o prazo, os hospitais podem começar a realizar as cirurgias em um terceiro turno e até aos finais de semana.

“O projeto vai até abril de 2024. Hoje começa uma parceria do Governo Federal, do Estado e Prefeitura de Campo Grande. São mais de R$ 40 milhões para zerar as filas, tanto para exames, como ressonância, tomografia, endoscopia, cateterismo e também cirurgias que estão retidas há muito tempo. Durante mais de dois anos a gente só falou de Covid-19 e as pessoas que estavam no aguardo das cirurgias e de exames serão contempladas nesses três grandes hospitais da Capital. As entidades trabalharão no período da manhã, tarde e agora também no noturno. Foi preciso um planejamento durante os últimos seis meses para que a gente consiga zerar as filas”, explicou o secretário de saúde.