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Cotidiano

O que pode e não pode durante a Piracema em Mato Grosso do Sul?

Pescadores só poderão realizar a pesca de subsistência
Fábio Oruê -
isca peixe piracema
Iscas vivas (Foto: Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

A Piracema começa no próximo domingo (5) em e os amantes da pescaria ficarão impossibilitados de pescar em qualquer rio do Estado, até 28 de fevereiro de 2024. O decreto passa a valer a partir da meia-noite do dia 5.

Portanto, segundo o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), fica proibido todo tipo de em MS, desde a modalidade Pesque e Solte, a pesca amadora e também a profissional. No Rio Paraná, a pesca está proibida desde quarta-feira (1º).

Entretanto, apenas a pesca de subsistência – exercida por famílias ribeirinhas que dependam do peixe para sua subsistência – fica permitida. Ainda assim, só podem retirar do rio o suficiente para se alimentar, não sendo permitido estocar.

Além disso, também é proibido o transporte de pescado. Amantes da pescaria por hobby ou profissionais podem optar por pesqueiros para praticar a pesca neste período. Os pesqueiros funcionam de forma simples: pesca esportiva, onde a pessoa captura o peixe, mas o devolve ao rio, e o pesque e pague, em que o cliente pode comprar o peixe após capturá-lo.

Estoque de comércios e restaurante durante a Piracema

Os estabelecimentos comerciais e também os pescadores profissionais que possuam estoque de peixe nativo devem preencher o formulário próprio disponível no site do Imasul e fazer a Declaração de Estoque até o dia 7 de novembro.

Após essa data, estoque não declarado fica suscetível de apreensão e autuação por crime ambiental. A PMA e o Imasul desenvolverão campanha de fiscalização ao longo do mês de novembro com esse objetivo.

Reforço na fiscalização

Além do mais, equipes da PMA (Polícia Militar Ambiental) vão reforçar a fiscalização em rios no início da piracema, já que o período é de grande importância para a preservação das espécies.

Fica proibida a captura de espécies nativas e exóticas, bem como o transporte de pescado. Quem for pego em atividade ilegal, fica sujeito a de R$ 700 a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo ou fração do produto da pescaria. Ou ainda por espécime quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental.

O infrator também fica sujeito a detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Piracema x Período de defeso

Embora os períodos aliados, a Piracema é o fenômeno da migração dos peixes para a reprodução, enquanto o Defeso é o período em que as espécies estão protegidas por Lei, ou seja, a pesca é regrada por regiões.

Com isso, a pesca de cada espécie depende da região. Por exemplo, todos os rios de MS estão listados como pesca proibida ou restritiva por kg. Enquanto isso, no Rio Amazonas apenas peixes listados tem autorização para pesca.

Para entender o porquê da proibição é necessário saber que a natureza segue sinais e precisa de proteção nesse período. Durante novembro, os dias ficam mais quentes e as chuvas frequentes, o que acaba gerando mais oxigênio na água dos rios.

Com isso, os peixes começam a se agrupar em cardumes, se preparando para subir nos rios. Consequentemente, o nível dos rios sobe, facilitando a chegada em cabeceiras, lagoas, marginais e alagadiços.

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