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Cotidiano

Problema em certidão de hospital atrasa contratação de leitos privados em Campo Grande

Campo Grande enfrenta epidemia de doenças respiratórias
Aliny Mary Dias, Anna Gomes -
Pacientes doentes por SRAG na Santa Casa. Imagem Ilustrativa. (Divulgação, Santa Casa)

A contratação de leitos privados para conter a pressão no sistema público de saúde de atrasou por problemas envolvendo certidão do El Kadri, até então o único que informou à prefeitura possuir 30 leitos disponíveis para serem contratados pelo município.

A publicação de edital de chamamento para hospitais privados estava prevista desde o fim de semana, quando a prefeitura informou que tomaria a medida emergencial para desafogar a lotação de unidades de saúde. No entanto, a lotação causada por surto de doenças respiratórias atinge também hospitais particulares.

O El Kadri era o único hospital particular, até o início da semana, que informou ter leitos disponíveis para oferecer ao sistema público. No entanto, a secretária-adjunta da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rosana Leite, disse ao Jornal Midiamax, nesta quarta-feira (5), que o hospital tem problemas de certidões.

“Surgiu a ideia de fazer um chamamento porque os públicos não podem aumentar os leitos. O hospital que teria condições esta com problema com certidão, mas mesmo assim vamos abrir o chamamento, mas depende do edital”, disse a secretaria.

Segundo Rosana, mais um hospital deve responder ao chamamento para que os leitos sejam ampliados na rede e que UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e CRS (Centro Regional de Saúde) sejam desafogados.

Em resposta à reportagem, a direção do El Kadri confirmou que há trâmites em andamento para regularização de certidões e que o processo depende de resposta da Procuradoria Geral da Nacional. O hospital também reforça que possui 30 leitos disponíveis para serem contratados pelo município a curto prazo.

Confira a nota na íntegra do Hospital El Kadri:

O Hospital Geral El Kadri está com processo de regularização de débitos em análise na Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), aguardando deliberação e aprovação, situação esta que foge da governabilidade desta instituição.

No entanto, por se tratar de emergência em saúde, como sempre foi prática do grupo El Kadri, inclusive na pandemia da COVID-19, o HGEK disponibilizou sua estrutura com 30 leitos operacionalizáveis em curtíssimo prazo para os gestores públicos da saúde municipal.

Insta frisar, que fomos informados que não havia nenhum hospital público, filantrópico ou privado que neste momento possam atender com prontidão tal calamidade.

Campo Grande adia medidas emergenciais

Em meio à de doenças respiratórias, Campo Grande adiou publicações que podem diminuir a pressão no sistema de saúde.

Nos últimos dias, a própria Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) admitiu aumento de 30% na demanda por atendimento nas unidades de saúde e o secretário Sandro Benites classificou a situação como epidemia de doenças respiratórias em crianças.

Ainda assim, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) disse em agenda pública nesta terça-feira (4) que “estamos passando por um momento difícil, mas é algo que todos os anos acontece”. Ela ainda normalizou a situação ao dizer que “é comum e a contaminação acontece naturalmente”.

Além disso, a prefeitura ainda não publicou em diário oficial o chamamento para contratação de leitos privados pediátricos, que informou há três dias que faria como medida para desafogar a extensa fila de espera por leitos hospitalares.

Na semana passada, o Jornal Midiamax mostrou que a média diária era de 50 crianças esperando vaga em hospital. A maioria apresenta sintomas respiratórios graves e precisa de internação, mas aguarda em leitos improvisados nas UPAs.

O maior hospital de Mato Grosso do Sul, a Santa Casa informou na segunda-feira (3) que está superlotada e sem condições de receber novos pacientes. A unidade é referência na regulação de vagas e recebe pacientes de todo o Estado.

A Santa Casa aguarda a publicação de termo aditivo e o pagamento de R$ 12 milhões pela prefeitura de Campo Grande, referente a repasse do Governo do Estado ao hospital. A prefeita Adriane Lopes afirma que o valor foi pago, mas não foi publicado em diário oficial e o hospital não confirma o recebimento.

*Reportagem atualizada às 11h30 para acréscimo de posicionamento do hospital

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