Prefeitura pagará reajuste de 10,39% para professores sem excluir aposentados, diz ACP

Câmara decidirá na próxima semana se pagamento será em parcela única ou parcelado em duas vezes

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Comissão mista se reuniu nesta quarta-feira na Prefeitura Municipal. (Foto: Nathália Rabelo)

Depois de meses de negociação, a Prefeitura de Campo Grande concordou em pagar os 10,39% de reajuste salarial dos professores municipais sem excluir comissionados ou aposentados. O aumento estava previsto para novembro de 2022 e desde o último bimestre do ano passado a categoria se mobiliza a favor do reajuste integral. 

A informação foi confirmada após reunião, nesta quarta-feira (25), da comissão mista formada pela ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), secretários municipais e a comissão de educação da Câmara Municipal. 

A previsão é que o pagamento seja feito em parcela única ou parcelado em duas vezes. A Prefeitura deve entregar a redação do projeto para a ACP na próxima sexta-feira (27), às 9h, na sede do executivo municipal. 

Já no dia 1º de fevereiro deve ocorrer uma assembleia geral do sindicato para deliberar se aceitam ou não o parcelamento, enquanto no dia seguinte a Câmara Municipal decide como serão os detalhes de pagamento, como parcelamento, retroativos e a data que o dinheiro cairá na conta bancária.

“A ACP recebe essa negociação de forma reconhecendo a importância do diálogo para avançarmos. É ponto importante para a educação retomar a valorização depois de um tempo parado”, afirmou o presidente da ACP, Gilvano Bronzoni.

De acordo com a secretária de finanças e planejamento, Márcia Okama, que participa da comissão mista, a Prefeitura irá diminuir despesas para chegar no reajuste previsto pela Lei 6.796/2022. 

Na reunião também ficou definido que o pagamento contemplará todos os professores, como concursados, comissionados e aposentados, afirmou Bronzoni. No ano passado, a Prefeitura apresentou uma proposta que excluía os aposentados e que foi rejeitada pela categoria. 

“A nossa expectativa é que a Câmara Municipal e sindicato entrem em acordo para que os professores não parem no início do ano letivo”, afirmou o vereador que compõe a comissão de educação, Ronaldo Guerreiro (PSD). 

Também participaram da reunião os secretários de educação, Lucas Bittencourt, de governo Mário César de Oliveira Fonseca, e os vereadores Professor Juari e Valdir Gomes. 

Pagamentos 2023 e 2024

De acordo com o presidente da ACP, a comissão mista não será desfeita depois de finalizadas as tratativas sobre o pagamento de 10,39%. 

A expectativa é que semanas depois comece a negociação sobre o pagamento de 15% concedido pelo governo federal e o restante do reajuste da Lei 6.796/2022, que prevê aumentos até outubro de 2024, após acordo entre a ACP e a Prefeitura. 

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