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Cotidiano

População cresce e número de imóveis não ocupados sobe 90,6% em 12 anos em MS

Fenômeno pode ter relação com famílias que se separam ou membros que decidem deixar a residência, por exemplo, quando o filho se casa e sai da moradia dos pais
Karina Campos -
auxílio-aluguel
Imóveis não ocupados são classificados como desocupados, vagos ou de uso ocasional (Imagem ilustrativa/Arquivo)

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apresentou nesta quarta-feira (28) os dados consolidados de domicílios visitados em Mato Grosso do Sul no Censo Demográfico de 2022. Os números mostram que a população cresceu 12,5% entre 2010 a 2022, entretanto, imóveis particulares permanentes não ocupados, aqueles com uso ocasional e vagos, subiu 90,6% em 12 anos.

Domicílio é toda moradia que uma pessoa entende como casa, independente da expectativa de tempo de ocupação, desde que fixe moradia no endereço visitado na época de referência do Censo. Entre o local permanente, foram encontrados 979.540 (81,3%) domicílios ocupados, com ou sem entrevista de um recenseador. O IBGE indica que o número de imóveis ocupados cresceu 28,8%, enquanto os não ocupados (vagos ou de uso ocasional), foi de 90,6%.

Segundo o coordenador de divulgação do Censo, Fernando Gallina, os imóveis não ocupados são classificados como o vago, aquele que pertence ao morador, mas na data da coleta não tinha um entrevistado; e uso ocasional, aquele é ocupado ocasionalmente, por exemplo, nos fins de semana.

“Usando como exemplo os estudantes de medicina que vão para Ponta Porã, ele não mora naquele endereço, está temporariamente. Se a família, por exemplo, mora no Paraná, a pesquisa de lá considera ele um familiar de lá”.

Apesar da grande proporção em diferença do aumento no nível populacional do Estado a taxa de ocupação, por enquanto, não há como pontuar uma justificativa que indica a possível migração de pessoas. A coordenadora Elenice Cano explica que ainda serão divulgados recortes no Censo, como faixa etária, a estrutura da pirâmide, como população de idosos. São dados robustos para mensurar, são detalhados para estudos”.

“Houve um crescimento maior do número de domicílios do que a população, a população não acompanhou o crescimento. Por esses números, a gente ainda não consegue afirmar os motivos, pode ser uma expansão imobiliária, migração, diversos fatores, mas apenas com esses números não dá para responder”.

ibge
Equipe do IBGE regional (Foto: Karina Campos, Midiamax)

A profissional pontua, comparando ao último Censo, o exemplo de casas em que haviam nove pessoas, sendo os avós, pais, e quatro netos, com o passar dos anos, os avós permanecem no primeiro endereço recenseado, os pais se mudam e os quatro netos também têm um novo endereço fixo.

“Houve uma tendência de que se essas pessoas de separassem no domicílio, por exemplo. Isso faz com que uma cidade, Campo Grande, tenha um crescimento geográfico de espalhamento das casas, mas não de população”.

Sylvia Saad, coordenadora do Censo 2022 em Campo Grande, exemplifica a moradia de trabalhadores que vão para outro município trabalhar, caso ele tenha residência fixa na visita do recenseador enquanto está fixado no endereço, o dado é calculado como ocupado.

“Observamos no interior do estado o crescimento de indústrias, o que gera emprego e remanejamento de trabalhadores para determinado lugar. A gente vê uma tendência de redução de decréscimo na taxa de natalidade, de 2000 a 2010, a gente tem várias cidades com média por domicílio diminuindo, isso pode explicar redução na taxa de habitação Mudanças culturais, como o envolvimento de mulheres no mercado de trabalho, isso gera impacto na estabilidade populacional, a pandemia em 2022″.

Os dados apontam que a média de moradores por endereço varia de 2,89 a 3,5. Entre as cidades com mais moradores está Paranhos (3,5), Ladário (3,36), (3,33), Japorã (3,27), Miranda (3,23), Coronel Sapucaia (3,17), Porto Murtinho (3,16), Corumbá (3,16) e Aral Moreira (3,16).

MunicípioDomicíliosParticular permanente vagoPorcentual de vagos
ândia6.5251.58924,35%
Santa Rita do Pardo4.17892422,12%
Jatei1.89632817,30%
Novo Horizonte do Sul2.30037216,17%
Paraíso das Águas2.94347316,07%
Guia Lopes da Laguna4.88378115,99%
Corguinho3.48055415,92%
Bandeirantes4.26567515,83%
Angélica5.03076915,29%
Jaraguari4.57369015,09%
Coxim16.1012.40414,93%
Figueirão1.8632771487%
Nioaque6.50196314,81%
Rio Negro2.67339314,70%
Cassilândia10.5364.54814,69%
Taquarussu1.88927514,56%
Deodápolis6.37892614,50%
Anaurilândia4.35161614,16%
Corumbá38.0495.34514,05%
Sonora6.79094813,96%
Fonte: IBGE

Entenda a diferença entre as classificações de imóveis

Particular permanente ocupado: Aquele que pertence a alguém e estava ocupado na data da pesquisa;

Particular permanente ocupado sem entrevista: aquele que estava ocupado na data da visita, mas não foi possível realizar a pesquisa;

Uso ocasional: Serve ocasionalmente como moradia na data da visita, por exemplo,ocupado nas férias ou fins de semana;

Vago: não havia morador;

Coletivo: instituições ou estabelecimentos onde os moradores não têm familiaridade, por exemplo, asilos, hotéis, pensões e similares.

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