Para dobrar atendimentos, sistema digital é implementado em UPA de Campo Grande

A UPA Universitário é a primeira a receber sistema Helper, que visa otimizar os trabalhos e aumentar a quantidade de atendimentos em Campo Grande

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Helper em Campo Grande
Inauguração Helper, em Campo Grande (Thalya Godoy, Midiamax)

A UPA Universitário, localizada na Avenida Gury Marques, completou 12 anos em Campo Grande e recebeu de presente a implementação do sistema Helper, projeto-piloto que visa otimizar os trabalhos e dobrar a quantidade de atendimentos realizados por hora no local. Unidade é a primeira a receber sistema digital, que deve ser implementado nas demais unidades de saúde da Capital também.

O lançamento do Helper ocorreu na manhã desta quarta-feira (30) na UPA Universitário e contou com a presença das autoridades de saúde, dentre elas representante do Ministério da Saúde. Titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Sandro Benites contou que o Helper já está funcionando na unidade há uma semana. Objetivo é que os servidores façam testes para ver o seu desenvolvimento. Se tudo der certo como o esperado, a expectativa é que o Helper chegue até o fim do ano em todas as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e, em 2024, a todas as 129 unidades de saúde de Campo Grande.

O sistema funciona da seguinte forma: na hora que o paciente chega na unidade, todo o chamamento para triagem será feito por televisor na recepção ou por chamada. O prontuário obtido na triagem também ficará disponível de forma digital e automática para o médico, que vai conseguir ver também o grau de gravidade do paciente.

Como resultado, a expectativa é reduzir o uso de papéis. Além disso, médicos e demais profissionais não precisarão mais percorrer a unidade para chamar os pacientes ou pegar o prontuário. O tempo gasto com as locomoções será revertido em atendimento de mais pacientes. Isso porque o Helper será o responsável por fazer toda a logística de chamada dos pacientes até a triagem e, em seguida, até o atendimento médico, além de fazer acompanhamento em tempo real no consultório, sala de emergência e gestão das unidades, por exemplo.

Assim, a Sesau enfatiza que a otimização de tempo resulta na otimização de resultados. Assim, um trabalho que era feito até então de forma manual com papel será substituído por sistema informatizado.

“Conversando com a colega médica, ela falou que atende em média de 3 a 4 pacientes por hora, você tem que se deslocar, sair do consultório e ir até a recepção, chamar o paciente. Agora não, agora é tudo automatizado. Ela chegou a atender de 6 a 8 pacientes, ou seja, dobrou a capacidade de atendimento médico. Isso foi a mesma coisa com triagem e com a enfermagem, então é algo que a gente vai poder monitorar o atendimento e a produtividade de cada médico, de cada enfermeiro, de cada pessoa terapeuta”, ressaltou Sandro Benites.

Sandro Benites enfatiza benefícios do sistema (Thalya Godoy, Midiamax)

Também presente no evento desta manhã, a prefeita Adriane Lopes ressaltou a necessidade das unidades de saúde darem esse passo em prol dos pacientes.

“Nós precisamos melhorar a cada dia e o que hoje estamos fazendo aqui, através da tecnologia, transformando a realidade de muitas pessoas que passam por essa UPA”.

Desenvolvimento do sistema não teve custo

Ainda segundo o município, o desenvolvimento do Helper não gerou custos aos cofres públicos porque ele foi 100% criado por servidores do setor de informática da Sesau. Além disso, a secretaria recebeu 2.500 computadores do Ministério da Saúde em 2023, itens que serão avaliados, junto com os televisores, para implementação nas unidades de saúde de Campo Grande conforme o desenvolvimento do sistema.

Por ora, pacientes já perceberam algumas diferenças nos atendimentos. Uma mulher, que preferiu não se identificar, esteve na UPA Universitário nesta manhã à espera de atendimento para o seu filho de 2 anos. Ao Jornal Midiamax, percebeu diferença no tempo de espera da triagem, que durou dois minutos. Antes do sistema, chegava a esperar 15 minutos.

Como na última vez que foi até o local ela desistiu do atendimento médico pelo tempo de espera, hoje ela está mais otimista. “Me surpreendeu a triagem”, diz.

Situação parecida também aconteceu com o Hudson Adriano Godoy dos Santos, de 26 anos. Ele trabalha com vendas e também esteve na UPA para levar o seu filho de 1 ano a uma consulta por machucado no pé. A sua triagem durou apenas cinco minutos, o que deixou ele mais esperançoso de conseguir ser atendimento com mais rapidez.

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