Ondas de calor em Mato Grosso do Sul aumentam risco de infarto, trombose e AVC
Calor deve ser mais intenso neste verão, por isso é preciso ter cuidado redobrado com a saúde
Fábio Oruê –
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Após a 4ª onda de calor de 2023 e a previsão de que Mato Grosso do Sul vai ferver com um verão ainda mais quente em razão das chuvas abaixo da média, a única saída é se proteger e tentar amenizar os efeitos das altas temperaturas no corpo.
Antes de todos ‘fritarmos’ de calor, o médico cardiologista da Unimed Campo Grande, Décio Gonçalves, orienta que em dias muito quentes deve-se evitar ao máximo a exposição ao sol.
“Se possível, ficar em ambientes frescos ou até refrigerados. Evitar se exercitar em horas em que a temperatura é maior, usar roupas leves e se hidratar bem e com frequência durante o dia”, diz ao Jornal Midiamax.
Porém, há quem pegue ônibus para se locomover ou trabalhe na rua, sob exposição ao sol quente. “Para pessoas que precisam trabalhar ao ar livre é importante buscar períodos de intervalos entre as jornadas, procurando áreas de sombras ou abrigos e se hidratar mais que o de costume”, aconselha.
Riscos para a saúde
O verão deve ser ainda mais quente no Estado em 2024, de acordo com prognóstico do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima). As chuvas serão abaixo da média na estação, que começa na noite da próxima quarta-feira (20).
Décio explica que, com essas temperaturas elevadas por tempo prolongado, o corpo precisa liberar mais calor para manter a temperatura interna estável. “Para isso, há uma maior dilatação dos vasos da pele, acionamento das glândulas de suor e maior ventilação pulmonar. Tudo isso para haver liberação de calor”, esclarece.
Porém, esse “esforço” que o corpo exige para manter a temperatura faz o sistema cardiovascular trabalhar acima do normal para atender a demanda. Com essa ‘sobrecarga’ o corpo começa a apresentar sinais de que algo não vai bem.
Por exemplo, a desidratação pela perda de água na respiração e sudorese pode causar cefaleia, enquanto a vasodilatação pode provocar sintomas de hipotensão, como cansaço e náuseas.
“É importante mencionar que em períodos de calor extremo e prolongado há um aumento na incidência de eventos cardiovasculares como infarto, trombose e acidente vascular cerebral, principalmente nas populações de risco. Assim, vale o alerta e o cuidado em épocas muito quentes”, ressalta Décio.
Grupos de risco
Como mencionado, algumas pessoas tem maior risco de problemas devido ao maior trabalho cardiovascular, desidratação e hipotensão causadas pelo calor extremo. São elas as crianças, os idosos, as gestantes e os pacientes que já apresentam alguma doença cardiovascular.
“Esses devem ter mais atenção com a hidratação e talvez ajustes nas medicações em uso, especialmente medicações para controle da pressão ou insuficiência cardíaca. Portanto, os pacientes cardiopatas devem consultar seu médico para orientações nessa época”, orienta o médico cardiovascular.
Com o período de férias, as crianças têm mais tempo para brincar ao ar livre. Por isso, o cuidado com elas neste verão deve ser redobrado. O mesmo vale para quem vai a clubes ou balneários para se refrescar do calor.
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