Número de mortes por dengue em 2023 é o segundo maior em dez anos em MS

Apesar de estável em 40 óbitos, quantidade de vítimas fatais pode aumentar pois duas mortes estão em investigação

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Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya | Foto: Apurv013 | WikiCommons | Reprodução

Mato Grosso do Sul completou mais uma semana sem mortes por dengue, estabilizando o número em 40 desde o começo do ano. Contudo, foram confirmados 88 casos, o que eleva o número de pessoas contaminadas para 40.460 em 2023. 

As informações constam no boletim da SES (Secretaria estadual de Saúde), referente à 48ª semana epidemiológica. 

O número de óbitos por dengue neste ano é o segundo maior da série histórica criada em 2014, ficando atrás somente de 2020, quando 42 pessoas morreram pela doença. 

Porém, o número de vítimas fatais pode aumentar já que duas mortes estão em investigação. Março e abril foram os meses mais letais no Estado, com 12 e 11 óbitos, respectivamente. 

A última morte em 2023 foi de uma mulher de 94 anos de idade, moradora de Coxim, a 253 km de Campo Grande, no dia 19 de setembro. O motivo da causa do óbito foi confirmado um mês depois, em 20 de outubro.

Casos prováveis diminuíram

O boletim também traz informações sobre casos prováveis, ou seja, a soma dos casos em investigação, confirmados e ignorados. Neste caso, não são considerados os casos descartados.

A boa notícia é a redução de 25 casos prováveis na última semana, totalizando 46.741 desde o começo do ano. A incidência dos casos prováveis neste ano está alta em 75 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul. 

Porém, já no recorte dos últimos 14 dias, a dengue deu uma folga para os sul-mato-grossenses, com 75 cidades sem registros ou com baixa incidência, o que é abaixo de 100 casos por 100 mil habitantes. 

Apenas Laguna Carapã, Selvíria, Aral Moreira e Maracaju estão no patamar médio, de 100 a 300 casos por 100 mil habitantes.

Cuidados contra a dengue

A dengue já é conhecida da população sul-mato-grossense, mas é imprescindível que cuidados sejam reforçados para evitar o Aedes aegypti, transmissor da dengue, a zika ou chikungunya.

Confira as dicas:

  • Evite água parada, em qualquer época do ano;
  • Mantenha bem tampado tonéis, barris de água e caixas d’água; 
  • Guarde pneus em locais cobertos;
  • Remova galhos e folhas de calhas; 
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encha pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e faça sempre a manutenção de piscinas;
  • Feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de crianças e animais;
  • Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana; 
  • Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; 
  • Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo;
  • Tampar ralos;
  • Catar sacos plásticos e lixo do quintal;
  • Qualquer medida que impeça o acúmulo de água e de sujeiras. 

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